Ídolo argentino, Batistuta revela: "Eu quis amputar minhas próprias pernas"

Maior artilheiro da história da seleção argentina, com 56 gols em 78 jogos, o ex-atacante Gabriel Batistuta relembrou em entrevista à rede argentina TyC Sports o drama que viveu quando se aposentou, em 2004, e passou a conviver com dores insuportáveis nos tornozelos. Atualmente aos 45 anos, o ídolo da Roma e da Fiorentina não conseguia nem sequer ficar de pé. Uma vez, pediu para que o médico amputasse suas pernas.

"Deixo o futebol, e, de um dia para o outro, não consigo mais caminhar. Não foi questão de um mês, mas de um ou dois dias. Cheguei a acordar na cama e urinar na cama, tendo o banheiro a três metros de mim, porque sabia que não conseguiria levantar. Eram 4h e achei que meu tornozelo doeria demais se ficasse em pé", contou.

"Um certo dia cheguei ao médico e pedi: 'Corte minhas pernas'. Ele me olhou e perguntou: 'Você está louco?'. Não consigo nem falar como era a dor, não dá para transmitir isso às pessoas. Vi aquele (Oscar) Pistorius (paratleta sul-africano amputado) e pensei: 'Essa é minha solução'", relatou.

Batistuta explicou que o médico não aceitou amputar as pernas, mas fez um procedimento que gradativamente o recuperou: instalou parafusos nos tornozelos para que ele pudesse se apoiar em uma perna enquanto descansava a outra. Aos poucos, passou a caminhar e jogar golfe, recobrando os movimentos ao longo de um ano e meio.

Veja o vídeo da entrevista: