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Promotor de Nova York nega haver ligação entre a Copa de 2014 e as prisões de diretores

Entre os detidos pela polícia suíça está o ex-presidente da CBF, José Maria Marín

postado em 27/05/2015 12:28 / atualizado em 27/05/2015 12:56

AFP PHOTO / GIL COHEN-MAGEN

Em entrevista coletiva concedida nesta quarta-feira (27/5), o promotor federal de Nova York, Kelly Currie, negou haver ligação entre a Copa do Mundo de 2014, no Brasil, e a prisão do ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), José Maria Marín, e outros executivos da Fifa na Suíça.

"Não há nenhum indício de que a Copa de 2014 teve ligação com nossas investigações", afastou Currie. Ainda assim, o Brasil poderá conduzir sua própria investigação, se achar necessário. O procurador federal de Nova York afirmou que, além de esperar a cooperação de parceiros estrangeiros, já que os Estados Unidos continuarão atrás de outras irregularidades, a Justiça norte-americana alimentará outros países. "Vamos repassar informações, caso queiram levar adianta suas próprias investigações", assegurou Currie.

A procuradora-geral dos Estados Unidos, Loretta Lynch, esquivou-se diversas vezes de perguntas sobre as prisões de outros envolvidos, inclusive o atual presidente da Fifa, Joseph Blatter. Lynch não confirmou a inocência do dirigente. "Não vamos comentar situações individuais não citadas nominalmente hoje", limitou-se.

De acordo com a procuradora-geral, os executivos, presos em Zurique, devem ser extraditados para os Estados Unidos para o prosseguimento do processo. "Agradecemos as autoridades suíças por executarem as detenções. O próximo passo é os réus chegarem aos EUA para se defenderem. Pediremos a transferência sob custódia", continuou Loretta Lynch.