Futebol Internacional

Blatter apela a 'espírito de equipe' para solucionar problemas na Fifa

Blatter ressaltou a partir daí a importância das Federações nacionais no objetivo de melhorar a imagem da organização num momento complicado para sua credibilidade

postado em 29/05/2015 07:03

France Presse /AFP

Zurique, Suíça - O presidente da Federação Internacional de Futebol (Fifa), Joseph Blatter, fez nesta sexta-feira (29/5) um apelo ao espírito de equipe para solucionar os problemas sofridos por sua organização, atingida desde quarta-feira (27/5) por um novo escândalo de corrupção.

Fabrice Coffrini/AFP


Blatter se dirigiu às federações nacionais em seu discurso de abertura da sessão do Congresso eletivo no qual aspira à reeleição para um quinto mandato e convidou os delegados a demonstrar ao mundo que podem administrar a Fifa. "Faço um apelo ao nosso espírito de equipe e a nossa unidade de maneira que possamos avançar juntos. Isso não é necessariamente fácil, mas hoje nos reunimos para isso, para solucionar os problemas que existem", afirmou o suíço.

Blatter ressaltou a partir daí a importância das Federações nacionais no objetivo de melhorar a imagem da organização num momento complicado para sua credibilidade. "Devemos fazer isso com vocês. Vocês são os embaixadores e as embaixadoras de nosso futebol. Vocês têm o poder e também o dever de mudar o rosto da Fifa e esse poder está dentro de vocês, em seus corações", afirmou. "É um poder que não pode ser comprado em lugar nenhum. É o poder intrínseco de cada Federação integrante da Fifa. Vamos trabalhar com concentração, buscar soluções e olhar para a frente", convidou.

Ele também defendeu os envolvidos no esquema, afirmando que, mesmo que sejam acusados, todos são indivíduos, não o conjunto da organização. "Os acontecimentos desta semana (as detenções por supostos casos de corrupção de membros da Fifa) desenharam uma sombra. Vamos tentar apagar esta sombra, não podemos admitir que a reputação da Fifa seja arrastada para a lama", acrescentou Blatter, de 79 anos, presidente desde 1998, antes de concluir: "vamos cerrar fileiras para ir adiante".

"Os indivíduos (envolvidos no escândalo) perderam de vista que o futebol se baseia na disciplina e no jogo limpo, e que é um esporte de equipe no qual todos devem ir na mesma direção", ressaltou, antes de admitir que aceita sua quota de responsabilidade como presidente da organização. Mas não podemos controlar a todo momento todos os que estão no futebol. Somos 209 federações nacionais em seis confederações, mas o futebol é composto por mais de 300 milhões de pessoas ativas no futebol e 1,6 bilhão se contarmos seus familiares e amigos", acrescentou.