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Ainda sem vencer, técnico português Paulo Bento aponta falta de competitividade do Cruzeiro

Em sua segunda partida, treinador viu Raposa ser goleada pelo Santa Cruz

postado em 26/05/2016 00:47 / atualizado em 26/05/2016 01:40

Anderson Stevens/Light Press/Cruzeiro

O início da trajetória de Paulo Bento no futebol brasileiro não apresenta resultados positivos. Depois do empate com o Figueirense, no Mineirão, o Cruzeiro foi goleado pelo Santa Cruz, por 4 a 1, no Arruda. Ainda em busca de seu primeiro triunfo à frente da equipe celeste, o treinador português se queixou de falta de competitividade.

“Temos, logicamente, alguns contratempos, que foram mais do que falados. Não adianta repetir, porque é a realidade que temos. Agora, no futebol brasileiro ou em qualquer outra parte do mundo, jogar é uma coisa e competir é outra. Nós jogamos bem no primeiro tempo, mas não competimos como deveríamos. Competir é ser mais contundentes, mais agressivos, mais intensos, ter uma fome diferente de marcar. Nós, com quatro ou cinco oportunidades de gol no primeiro tempo, não fizemos. E acabamos, depois, sendo punidos”, analisou.

Paulo Bento assumiu a culpa pela goleada sofrida fora de casa e apontou erros tanto defensivos quanto ofensivos. “Quando acontecem derrotas como essa, o primeiro a falhar é o treinador. Temos de resolver nossos problemas. O jogo é de organização. Logicamente, as equipes rivais também jogam. Creio que os erros foram de alguma forma em termos ofensivos e defensivos. Em termos ofensivos, não fomos eficazes, especialmente durante o primeiro tempo. E fomos nós que oferecemos situações de gol ao adversário, principalmente no primeiro e segundo gols”, observou.

O treinador ainda criticou a ineficiência ofensiva da equipe para aproveitar as chances criadas no primeiro tempo e o comportamento depois de conseguir o empate no início da etapa final. “Fizemos um bom primeiro tempo. Deveríamos ter sido muito mais agressivos na finalização. Creio que tivemos quatro ou cinco oportunidades para marcar. É necessário ter organização, mas também eficácia”, disse.

“A verdade é que tivemos oportunidades para marcar, e o adversário conseguiu um gol na única vez que chegou até a nossa meta. Depois, numa segunda parte, antes de chegarmos ao empate, também tivemos uma chance clara de gol. Empatamos numa falta. E a partir daí, deixamos de fazer o que tínhamos feito nos primeiros 45 minutos. Deixamos de jogar para frente. Quisemos apenas manter e circular a bola”, acrescentou.



Grafite, em cobrança de pênalti, abriu o placar para os pernambucanos no primeiro tempo. De Arrascaeta, de falta, igualou o marcador na etapa final. Porém, o artilheiro Grafite voltou a balançar as redes, enquanto Arthur e Keno ampliaram a vantagem do Santa Cruz.

Depois de três rodadas, o Cruzeiro tem apenas um ponto e ocupa a penúltima colocação. Paulo Bento admitiu se preocupar com o início ruim da equipe no Campeonato Brasileiro. “As derrotas preocupam. É evidente que falamos de nove pontos e temos apenas um. Essa é a realidade da equipe. São fatores que nos preocupam como o fato de sofrer gols em três jogos. O único fato é que, na segunda e na terceira rodadas, conseguimos marcar, mas não foi suficiente para ganhar. Em casa, fazendo dois gols, temos de ter capacidade de ganhar. Do ponto de vista emocional, creio que fomos mais fortes contra Figueirense do que contra o Santa Cruz”, afirmou.


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