Futebol Nacional

COPA DO BRASIL

Cariocas igualam recorde dos paulistas na Copa do Brasil

Semifinal entre Flamengo e Botafogo garante o Rio na decisão pela 13ª vez na história do mata-mata nacional

postado em 27/07/2017 12:25

Gilvan de Souza/Flamengo
A garantia de ter um finalista na Copa do Brasil de 2017 faz o Rio de Janeiro empatar com São Paulo como o estado que mais teve representantes na decisão da segunda competição mais importante do país. Com a classificação do Flamengo para a semifinal diante do Botafogo, o Rio está garantido na decisão — o que não acontecia desde 2013. O rubro-negro continua sonhando com o tetra. Vice em 1999, o Botafogo persegue a primeira conquista. Na outra chave não há paulistas. O Cruzeiro despachou o Palmeiras e aguarda o vencedor do confronto desta quinta (27/7) entre o atual campeão, Grêmio, e o Atlético-PR. O tricolor gaúcho venceu a partida de ida por 4 x 0.

A classificação do Flamengo foi polêmica. Depois de vencer a partida de ida por 2 x 0 na Ilha do Urubu, o time rubro-negro perdeu na Vila Belmiro por 4 x 2. Quando o duelo estava empatado por 1 x 1, Bruno Henrique caiu dentro da área e o árbitro gaúcho Leandro Vuaden marcou pênalti de Réver. Em meio a reclamações dos jogadores rubro-negros, o juiz consultou o quatro árbitro e apontou escanteio. É a segunda vez que um pênalti é anulado em um jogo do Flamengo. O outro foi no Campeonato Brasileiro, no empate por 1 x 1 com o Avaí, em Florianópolis.

Na saída para o intervalo, Bruno Henrique desabafou. “Eu peguei na bola primeiro. O Réver foi malandro, quando eu ia passar, deu um toquinho em mim. Arbitragem errando muito, querendo interferir. Não tem como”, reclamou o meia-atacante do Peixe. “Ele (juiz) estava longe, o quarto árbitro estava melhor colocado. Bateu na bola primeiro. Não foi falta. Ele acertou em voltar atrás. Só disse que conversou e decidiram que não foi pênalti”, argumentou o zagueiro e capitão Réver.

A surpresa na escalação do Flamengo foi o goleiro Alex Muralha, que falhou em pelo menos três gols. Estava sem tempo de bola, fora de forma e mal colocado em lances cruciais da partida. O titular vinha sendo Thiago, que ficou no banco de reservas. O atacante colombiano Berrío abriu o placar ao invadir a área em velocidade após lançamento de Diego e só tirou de Vanderlei para fazer 1 x 0. O Santos empatou com um golaço de Bruno Henrique, num chute indefensável no ângulo esquerdo de Muralha.

No início do segundo tempo, Guerrero recolocou o Flamengo na frente com uma finalização cruzada depois de ser acionado por Everton. Persistente, o Santos voltou a virar o jogo. Rafael Vaz tinha a bola dominada e cedeu escanteio ao Santos. Lucas Lima bateu o escanteio e Copete cabeceou por baixo de Muralha. Um minuto depois, Victor Ferraz achou espaço, chutou forte e não deu chance para Muralha. Nos acréscimos, Muralha saiu mal do gol e Copete fez o quarto do Santos. Foi comemorar e ouvir o apito final de Leandro Vuaden, o personagem do jogo.

Botafogo elimina o Atlético-MG

O Botafogo segue em sua campanha de superação e raça na temporada. Na noite de quarta-feira (26/7), de forma calculista e inteligente, derrotou o Atlético-MG por 3 x 0, no Estádio Nilton Santos, no Rio, devolvendo a derrota por 1 x 0 na ida em Belo Horizonte, e se classificou às semifinais da Copa do Brasil. Os gols saíram nos momentos chave do duelo — no início e no fim do primeiro tempo e no final da partida, acabando com qualquer esperança atleticana.

O resultado confirmou o amplo retrospecto favorável ao Botafogo no confronto contra o Atlético-MG na Copa do Brasil. Esta foi a quarta vez que os dois se enfrentaram na competição — as outras foram em 2007, 2008 e 2013 —, sendo três pelas quartas de final, e em todas o time carioca eliminou o rival.

Autor do gol da classificação do Botafogo, Gilson comentou sua atuação. “Saímos no contra-ataque, o Bruno (Silva) fez ótimo passe e eu tive a felicidade de coroar nossa classificação para a semifinal”, festejou o herói alvinegro.