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COPA DO BRASIL

Suposto perfil de jovem que ofendeu Aranha é desativado em rede social

Grêmio promete contribuir com a identificação dos torcedores

postado em 28/08/2014 22:45 / atualizado em 28/08/2014 22:57

Redação /Correio Braziliense

Facebook/Reprodução

A jovem que se tornou o principal rosto das ofensas ao goleiro Aranha na Arena do Grêmio, na noite desta quinta-feira, teria fechado a conta no Facebook minutos depois do fim do jogo contra o Santos. A jovem foi identificada como Patrícia Moreira por internautas gaúchos que se uniram para encontrá-la e denunciá-la nas redes sociais. O nome ainda não é confirmado pelo Grêmio.

O clube promete contribuir na identificação dos torcedores que insultaram o goleiro do Santos. "Vamos buscar identificar todos os envolvidos. A Arena tem condição para isso. O Grêmio não pode ser considerado um time racista", afirmou o diretor de futebol do tricolor gaúcho, Marcos Chitolina, nos vestiários do estádio. O auxílio é uma forma de evitar que a equipe seja punida na esfera esportiva.

Reprodução da TV
Um grupo de cerca de 10 pessoas localizadas atrás do gol santista imitou sons de macaco. Além disso, uma câmera do canal ESPN flagrou um torcedora claramente xingando Aranha de "macaco". Segundo a Zero Hora, uma pessoa chegou a atirar um celular contra o atleta aos 42 minutos do segundo tempo. Aos 47, a Brigada Militar entrou na arquibancada para tentar retirar alguém, o que gerou uma confusão entre os torcedores.

"Eu estava no gol, a torcida xinga, pega no pé, é normal. Mas começaram com palavras racistas, chamando de preto fedido. Fizeram corinho de macaco... Fico nervoso mesmo quando essas coisas acontecem, é algo que dói. Quando me chamaram de macaco, de preto, bati no braço e disse que sou preto sim", cobrou o jogador, ao deixar o gramado.

No Brasil, o racismo é crime imprescritível e inafiançável e cabe ao Ministério Público a legitimidade para processar o ofensor.