Poucos adolescentes têm pique para acordar de madrugada, nadar de 4h30 às 6h30 antes de ir à escola e ainda fazer musculação diariamente. Mesmo assim, o brasiliense Leandro Bressan, de 16 anos, decidiu que é isso que quer nos próximos anos de vida. Campeão Mundial Escolar dos 200m peito, na Áustria, no último dia 14, o jovem atleta diz não conseguir pensar em uma rotina diferente e confessa que nem sequer pensou em um plano B, caso o futuro na natação não dê certo.
Leandro foi campeão nos 200m peito na Áustria
“Estou totalmente focado no esporte. Viajei ao exterior para competir pela primeira vez e voltei com dois ouros e dois recordes mundiais. Isso me motivou muito. Por enquanto, não quero nem pensar em outra carreira”, entusiasma-se Leandro. O rapaz mostra ter os pés no chão quando o assunto é Olimpíadas. “Claro que estar no Rio, em 2016, é um sonho. Mas sei que é muito difícil. Chegar bem aos Jogos de 2020 é uma meta mais possível”, avalia o garoto, atual vice-campeão brasileiro nos 100m peito.
Nestes dias, ele finaliza a preparação para a disputa da Taça Brasília de Natação, no próximo fim de semana. A competição é a última chance para ele conquistar indíce para o Trofeu José Finkel, um dos principais do país, e competir ao lado de grandes nadadores do Brasil. “A experiência nessas competições conta muito porque é onde conhecemos os melhores atletas”, afirma.
Escolha precoce Ainda com dificuldade para conseguir patrocínios, Bressan conta com o apoio dos pais para continuar no esporte. “Começa a ficar caro agora, por causa dos equipamentos, mas é um investimento que vale. A natação foi algo que ele escolheu quando ainda era pequeno. Preferiu até ao futebol, o que nos surpreendeu um pouco na época”, comenta o pai, Marcelo Bressan, que estima ter gastado cerca de R$ 4 mil com o filho só no último mês, para o Mundial Escolar, em Viena. “É legal vê-lo feliz com o que faz”, comemora.
