Doha (Catar) - Poucos acreditavam que o Brasil poderia dar tanto trabalho à favoritíssima Croácia, nas oitavas de final do Mundial de handebol. Azarona da noite, no Catar, a Seleção entrou para tentar vencer uma das favoritas ao título e fazer história ao classificar o Brasil para as quartas de final pela primeira vez. E fez um grande papel. A equipe de Jordi Ribera não se deixou intimidar e brigou com a Croácia gol a gol até o fim dos 60 minutos de jogo, que acabou com o apertado placar de 26 x 25 para os croatas.
Seleção Brasileira fechou o primeiro tempo na frente, mas não conseguiu segurar o placar e perdeu por 26 x 25
Em um grande primeiro tempo, o Brasil dava a impressão de que poderia vencer a partida, com marcação cerrada e bom aproveitamento no ataque, além de um goleiro inspiradíssimo - Rick defendeu três de quatro pênaltis cobrados pelos croatas. Na frente, o jovem armador João Silva fez mais uma grande apresentação e a Seleção passou à frente no placar aos 25 minutos de jogo. E assim ficou até o apito final do 1º tempo, que fechou com o Brasil vencendo por 15 x 13.
No segundo tempo, todo o bom trabalho feito na primeira etapa foi por água abaixo com um início muito ruim. A Croácia não demorou mais do que dois minutos para virar o jogo e dominar as ações. Só aos sete minutos a Seleção Brasileira marcou seu primeiro gol depois do intervalo e começou a reação. Em seis minutos intensos, a equipe verde-amarela conseguiu voltar à ficar à frente e igualou o jogo novamente.
Até o fim, a partida foi disputada gol a gol. Rick continuava salvando lá atrás, mas erros de finalização - como se tornou comum ao longo do campeonato - acabaram atrapalhando os sonhos do Brasil. Fabio Chiuffa, por exemplo, errou pênalti importante e deixou que e seleção da Croácia voltasse a ficar à frente aos 22 minutos da etapa final. Dali para frente, o máximo que o Brasil conseguiu foi igualar o placar, tendo corrido atrás, mas sem voltar à ficar à frente nenhuma vez.
Com a derrota, o Brasil acaba eliminado na mesma fase em que caiu no último Mundial e não consegue atingir à meta traçada inicialmente, que era de chegar às quartas de final para se estabelecer como uma das oito principais forças do mundo na modalidade. Ainda assim, a comissão técnica avalia como positiva a participação do Brasil, que chega às oitavas de final do torneio duas vezes seguidas pela primeira vez na história do Mundial.
