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Seleção Brasileira de futebol americano tenta vaga inédita na Copa do Mundo da modalidade

Equipe verde-amarela enfrentará o Panamá, neste sábado (31/1), em busca da última vaga do continente americano para a competição

postado em 30/01/2015 22:15 / atualizado em 30/01/2015 22:32

Maíra Nunes - Especial para o Correio

Fenômeno de público e audiência nos Estados Unidos, o futebol americano terá amanhã, às 21h30, o jogo mais esperado do ano: New England Patriots x Seattle Seach Seahawks decidem o Super Bowl, final da NFL -- liga dos EUA. Na véspera do grandioso espetáculo norte-americano, a Seleção Brasileira dá os primeiros passos para entrar na história da modalidade. Hoje, às 22h (horário de Brasília), o Brasil Onças, como é chamada a Seleção, enfrenta o Panamá, na capital adversária, em busca da última vaga do continente americano para a Copa do Mundo, marcada para julho deste ano.
Divulgação/CBFA

“Sem dúvida essa será a maior partida pela Seleção. É um peso e uma responsabilidade muito grande”, empolga-se o quarterback do Brasil Ramon Martire. Mais conhecido como Mamão, o jogador está diante da oportunidade de garantir a participação brasileira inédita no Mundial, que caminha para a quinta edição.

Para chegar até lá, no entanto, não foi simples. Longe dos holofotes voltados para os astros da NFL, a Cofederação Brasileira de Futebol Americano (CBFA) bem que tentou arrumar apoio para arcar com os gastos da viagem até o Panamá, mas não teve jeito e sobrou para os jogadores. Eles tiveram que tirar do próprio bolso para pagar as passagens até o destino. Isso porque antes, os atletas já haviam investido para comparecer ao jogo amistoso de dezembro do ano passado, no Rio de Janeiro, contra a seleção do estado carioca.

A fim de amenizar as despesas, os atletas da Seleção fizeram uma vaquinha na internet. Os R$ 3.625 arrecadados não conseguiriam nem mesmo comprar um ingresso para o Super Bowl - nesta semana, o bilhete mais barato para a final da NFL custava R$ 22 mil (US$ 8,8 mil) no site "stubhub", um revendedor autorizado. Tanto empenho dos brasileiros resultou na notícia de que o jogo será transmitido pelo canal ESPN+ e na chegada do único patrocinador para a partida, a empresa E.W.C. Watches, que ajudará a pagar as despesas.

A aposta, no entanto, é que as coisas melhorem para os amantes do futebol americano no Brasil. Segundo pesquisa do Ibope Repucom, mais de 3,3 milhões de brasileiros disseram, no último ano, ser fãs da modalidade. Um número três vezes maior em relação a 2013. Claro que ainda não dá para competir com a liga dos Estados Unidos, que teve, só na última edição do Super Bowl, 111,5 milhões de pessoas assistindo à partida pela tevê no país.

O duelo esperado pelos brasileiros será disputado no estádio Rommel Fernandez, na Cidade do Panamá. Em campo, os atletas não contam com a fama, nem os salários milionários dos jogadores da NFL, como Tom Brady - quarterback do Patriots e marido da modelo brasileira Gisele Bunchen, que recebe cerca de 750 mil dólares por mês. Para os torcedores que estiverem no Panamá isso não chega a ser tão ruim: eles poderão comparecer no estádio por apenas R$ 12 para acompanhar a decisão entre as duas seleções.