O Brasília Vôlei mudou de casa neste sábado (21/1). Em vez do tradicional Ginásio do Sesi, em Taguatinga, mandou o jogo contra o Rio do Sul no Nilson Nelson, localizado no centro da capital federal. Havia dois anos que a equipe brasiliense não atuava no local e, no início da partida, se mostrou perdida em quadra. Contudo, como um morador há algum tempo distante, aos poucos colocou ordem na casa. Após sair atrás, venceu a partida no tie-break (parciais de 16/25, 32/30, 19/25, 25/18 e 15/6), ficando a dois ponto do terceiro e segundo colocados da Superliga feminina - Osasco e Praia Clube, respectivamente -, ambos com 31 pontos.
Estava tudo armado para ser uma noite de homenagens à capitã do Brasília Vôlei, Paula Pequeno. Por coincidência, a bicampeã olímpica voltou a atuar no Ginásio Nilson Nelson na véspera de completar 35 anos de vida e duas décadas de carreira. Nascida em Brasília, ela era também a única remanescente das duas ocasiões em que a equipe atuou no maior ginásio esportivo do Distrito Federal, com capacidade para pouco mais de 11 mil pessoas em dia de jogo.
Paula Pequeno, no entanto, não estava em um bom dia, tanto que se irritou com ela mesma pelos repetidos erros cometidos e recebeu cartão amarelo por reclamação à arbitragem. A ponteira Amanda, então, assumiu o protagonismo e chegou a bater no peito em comemoração a um ponto de bloqueio no segundo set. A vibração era em função de as donas da casa terem conseguido equilibrar o duelo após perderem a primeira parcial com uma diferença de nove pontos.
De forma sofrida, as comandadas por Anderson Rodrigues precisaram marcar 32 x 30 para empatarem o confronto. A filha de Paula Pequeno, Mel, 10 anos, ficou até com os braços cansados de segurar o buquê de flores que seria entregue à mãe, ao fim daquele set. Mesmo cansada, a jogadora abraçou a filha e soltou um sorriso em agradecimento, mas sem o brilho de costume. A tensão do jogo não permitia.
A bola voltou a rolar e a história se repetiu, com a diferença de que foi a vez de a central Roberta se destacar: Rio do Sul venceu o terceiro set e o Brasília Vôlei correu atrás para levar a partida ao tie-break. Na parcial decisiva, as brasilienses mostraram que, podem ter demorado, mas continuam contando com duas casas para se sentirem à vontade. O triunfo no Nilson Nelson foi encerrado por 15 x 6, assistido por 1.780 pessoas.
“Eu saí com a vitória, que era o único presente que pedi a Deus. A sensação é de dever cumprido, obrigada às meninas por esse presente", agradeceu Paula Pequeno, ao fim da partida. O próximo compromisso do Brasília Vôlei é novamente no Ginásio Nilson Nelson, já na terça-feira, às 20h, contra o Praia Clube, atual vice-campeão da Superliga.