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HOMICÍDIO

Caso Daniel: delegado vai indiciar família por homicídio qualificado e coação de testemunhas

Polícia disse que não acredita na versão da família de tentativa de estupro

postado em 06/11/2018 13:37 / atualizado em 06/11/2018 14:09

REPRODUÇÃO

O delegado da Polícia Civil de São José dos Pinhais-PR, Amadeu Trevisan, vai indiciar a família Brittes por homicídio qualificado e coação de testemunhas no caso da morte do jogador Daniel Corrêa Freitas, de 24 anos.

Trevisan acredita que Cristiana e Allana Brittes mentiram em depoimento à polícia, nessa segunda-feira. Segundo ele, mãe e filha combinaram a versão que contariam com Edison Brittes Júnior, que já confessou em entrevista à imprensa ter matado o jogador.

Edison chegou a dizer que matou o atleta quando estava sob forte emoção ao vê-lo deitado por cima da esposa, que gritava. Na versão de Cristina, Daniel estava de cueca em cima da cama passando a mão nela.

A família diz que Daniel tentou estuprar Cristiana. Ao ver a cena, Edison chegou e agarrou o jogador pelo pescoço e o espancou com a ajuda de outros que estavam na festa em sua casa.

O delegado Trevisan não acredita na versão da família Brittes. “Confrontando as mensagens que Daniel trocou com amigos e os depoimentos, parece que Daniel só fez uma brincadeira infeliz, mas não há indícios de tentativa de estupro", disse.

Exames mostraram que Daniel estava bêbado, com 13,4 decigramas de álcool por litro de sangue, e sem condições de defesa. “Percebe-se que estava bastante embriagado. Sem dúvida, a vítima estava totalmente indefesa, não tinha a menor capacidade de reagir às agressões”, frisou o delegado.

“Houve tempo para o crime ser evitado. Edison teve tempo de espancar a vítima, de pegar uma faca, colocar a vítima no porta-malas e se deslocar até o local do crime. E os outros participantes?”, questionou o delegado.

Edison Brittes, a esposa Cristiana e a filha Allana segue presos de forma temporária por 30 dias.

Na apuração preliminar do Instituto Médico-Legal (IML), divulgada pela Polícia Civil, Daniel foi espancado na casa da família Brittes e, depois, levado para um matagal, onde o corpo foi encontrado. A morte foi causada por ferimento por arma branca. O corpo do jogador foi velado e sepultado na última quarta-feira, em Conselheiro Lafaiate, em Minas Gerais, cidade da família do atleta.

Mineiro de Juiz de Fora, Daniel foi morto aos 24 anos. Revelado pelo Cruzeiro, o meio-campista foi contratado pelo São Paulo após se destacar no Botafogo. Também passou por Ponte Preta e Coritiba. Ele estava emprestado pelo Tricolor paulista ao São Bento, que disputa a Série B do Campeonato Brasileiro.

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