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Mano avalia classificação do Cruzeiro na Copa do Brasil, elogia adversário e explica substituições: 'Cansaço extremo'

Time celeste eliminou o Atlético e enfrentará Internacional na semifinal

postado em 18/07/2019 00:05 / atualizado em 18/07/2019 01:37

<i>(Foto: Ramon Lisboa/EM D.A Press)</i>
No clássico pelas quartas de final da Copa do Brasil, prevaleceu a vitória do Cruzeiro sobre o Atlético por 3 a 0, na última quinta-feira, no Mineirão. Nesta quarta, no Independência, o time celeste perdeu o duelo de volta pela diferença máxima que podia - 2 a 0 - e se classificou às semifinais. O adversário será o Internacional, que eliminou o Palmeiras com triunfo nos pênaltis, por 5 a 4, no Estádio Beira-Rio, em Porto Alegre (1 a 0 no tempo normal). Ao avaliar a classificação, o técnico Mano Menezes afirmou que jamais duvidou das capacidades do rival em complicar a vida da Raposa.


“Nós ganhamos nossa classificação quinta-feira passada, quando talvez todos não esperassem que nós tivéssemos uma resposta daquela para dar. No futebol você não pode subestimar o seu adversário. Nós estamos levando a classificação aqui hoje porque jamais subestimamos o Atlético, mesmo tendo uma vantagem de 3 a 0. Então, aquilo que se fala em volta, que às vezes é bom ouvir, e que te dá um favoritismo de 90 a 10, como ouvi hoje à tarde sobre o Cruzeiro, você vê que na prática não tem tanto valor assim. Aconteceram lances que nós poderíamos ter perdido por 3 a 0 e, no mínimo, ir para as penalidades. Nossa experiência de classificar assim, de ver que você passa sufoco mesmo, essa experiência fez a gente levar essa classificação. Fizemos um jogo muito bom na quinta-feira e suportamos a pressão hoje (quarta)”.

Mano fez uma substituição curiosa na reta final do clássico: tirou Pedro Rocha, aos 37 minutos do segundo tempo, e colocou Dodô. O objetivo era reforçar a marcação do lado esquerdo, já que Geuvânio, do Atlético, arriscava jogadas de velocidade para cima do já amarelado Egídio. De acordo com o treinador cruzeirense, o atacante não tinha mais condições de auxiliar o sistema defensivo e nem tampouco de puxar contragolpes.


Cansaço extremo, cansaço extremo. Nós, naquela hora, não tínhamos contra-ataque. Tínhamos que defender e suportar. E o Atlético colocou Geuvânio, e Egídio já tinha cartão amarelo. Geuvânio começou a passar individualmente algumas vezes, criar problema para a gente, trazer a bola para dentro. Então a gente queria dobrar com Dodô e Egídio para que essa bola não saísse do cruzamento com tanta frequência. Essa era a ideia. Pedro já estava no limite, não tinha mais condição de continuar”.

As outras alterações realizadas por Mano foram David no lugar de Fred, aos 13min, e Jadson na vaga de Robinho, aos 17min. O camisa 11 recebeu cartão vermelho seis minutos depois por desentendimento com o atacante atleticano Alerrandro, também expulso. A confusão aconteceu quando o árbitro Flávio Rodrigues de Souza se preparava para verificar o gol de Pedro Rocha no VAR.

“Penso que o pecado para a gente foi o gol anulado e a expulsão de David, pois aí sim teríamos o contra-ataque, como já aconteceu no lance do gol. São escolhas difíceis, treinador vive assim, às vezes dá certo, às vezes não”, frisou Mano, que, na sequência, avaliou outras escolhas, como as entradas do lateral-direito Orejuela, um dos destaques defensivos do Cruzeiro, e do atacante Fred, apagado no clássico.

“Hoje colocar Orejuela era risco total, colocamos, deu certo. Colocamos de volta na última hora Romero passando para marcação. Iniciei com Fred, que não era um jogador de contra-ataque. A intenção é que Fred segurasse a bola na frente para a gente poder sair. Esperávamos o Atlético pressionando. Queríamos que a bola ficasse mais lá, não ficou tanto. Mas o resultado final é o que passa e nos deixa contentes”.

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