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Ex-gestor do Cruzeiro diz que eleição de Sérgio Rodrigues 'foi grande erro'

'Sabíamos das consequências que viriam, lutamos contra, mas...', escreveu Carlos Ferreira Rocha, que integrou o Núcleo Dirigente Transitório

postado em 14/01/2021 11:56 / atualizado em 14/01/2021 17:12

(Foto: Bruno Haddad/Cruzeiro)
Integrante do Núcleo Dirigente Transitório que administrou o Cruzeiro entre outubro de 2019 e maio de 2020, o empresário e advogado Carlos Ferreira Rocha se aproveitou da crise dentro e fora de campo para criticar a atual gestão. O ex-dirigente classificou a primeira eleição do presidente Sérgio Santos Rodrigues como um “grande erro”.

“Está mais que comprovado que as eleições de maio (de 2020) foi (sic) um grande erro. Sabíamos das consequências que viriam, lutamos contra, mas... prevaleceu a vontade de uma parte. O resultado não poderia ser outro”, escreveu o ex-dirigente, no Twitter.


Carlos Ferreira Rocha fez referência ao pleito de maio passado, quando Sérgio Rodrigues derrotou Ronaldo Granata e conquistou o direito de presidir o clube, a princípio, até dezembro de 2020. Em outubro, o mandatário foi reeleito para um mandato que se encerra em 2023.

Durante a gestão transitória antes de Sérgio Rodrigues assumir, o Conselho Gestor também acumulou erros no comando do futebol. O principal deles foi a perda de seis pontos na disputa da Série B, ocasionada pelo não pagamento, na Fifa, de uma dívida referente à contratação do volante Denílson.

A declaração de Carlos Ferreira foi publicada na manhã desta quinta-feira, dia seguinte à derrota do Cruzeiro por 1 a 0 para o Oeste, virtual rebaixado à Série C, em pleno Mineirão.

Além dos problemas em campo - a quatro rodadas do fim, time ocupa a 13ª posição e praticamente não tem chances de acesso -, o clube celeste enfrenta uma crise política e financeira.

Após o revés dessa quarta, o atacante Rafael Sobis disse que “as pessoas não sabem 10% das coisas que estão acontecendo” no clube.


Atualmente, o Cruzeiro deve mais de três meses de salário aos seus jogadores. Ainda não foram quitados parte de outubro e a íntegra de novembro, dezembro e 13º. Além disso, os jogadores contestam a ausência de um prazo da diretoria para resolução dessas obrigações.

Como forma de protesto, os jogadores do Cruzeiro não se concentraram na Toca da Raposa II para o duelo diante do Oeste. Eles apenas se apresentaram para a partida no fim da manhã de quarta.

Nota da redação: o técnico Adilson Batista foi contratado pelo ex-gestor de futebol, Zezé Perrella, no fim de 2019. Já o diretor de futebol Ocimar Bolicenho chegou ao clube por indicação do então consultor Alexandre Mattos ao empresário Pedro Lourenço, que ficou por 15 dias na função de vice de futebol do Cruzeiro e integrou o Núcleo Dirigente Transitório.

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