Basquete
None

BASQUETE

Jogadores vão às ruas, e equipes da NBA se pronunciam sobre a morte de George Floyd

Até Michael Jordan cobrou uma resposta das autoridades dos EUA

postado em 01/06/2020 12:52 / atualizado em 01/06/2020 13:10

(Foto: Reprodução/Instagram Jaylen Brown @fchwpo)
A morte do ex-segurança George Floyd, homem negro de 46 anos, na última segunda-feira, em Minneapolis, cidade de Minnesota, gerou revolta em várias alas da sociedade dos Estados Unidos, e com os esportistas não foi diferente. O rapaz foi morto durante uma abordagem, quando um policial branco se ajoelhou no pescoço da vítima por oito minutos. Atletas de vários esportes se pronunciaram contra a violência policial no país norte-americano, especialmente contra a população negra. O basquete ganhou destaque em meio ao cenário de protestos.

Desde a divulgação do vídeo da morte de George Floyd, que segundo a polícia local estaria usando notas falsas em um mercado, os Estados Unidos passam por manifestações diárias contra a violência policial no país. Alguns jogadores da NBA, liga de basquete norte-americana e principal torneio da modalidade no mundo, chegaram a sair de suas casas e participaram de atos no último fim de semana.

É o caso de Malcolm Brogdon (Indiana Pacers), Jaylen Brown (Boston Celtics), Justin Anderson (Philadelphia 76ers), Jordan Clarkson (Utah Jazz), Marcus Smart (Boston Celtics), Dennis Smith Jr. (Dallas Mavericks), Udonis Haslem (Miami Heat), Tobias Harris (Los Angeles Clippers), do dominicano Karl-Anthony Towns (Minnesota Timberwolves) e do turco Enes Kanter (Boston Celtics). Já pelas redes sociais, astros como LeBron James (Los Angeles Lakers) e Stephen Curry (Golden State Warriors) são alguns dos que se mostraram indignados com a morte de Floyd.

A ligação de Floyd com o basquete se intensificou quando Stephen Jackson, que atuou na NBA de 2000 a 2010 e foi campeão em 2003, com o San Antonio Spurs, discursou em Minneapolis. Jackson era um dos melhores amigos de Floyd e cobra justiça. Outros ex-jogadores, como Kareem Abdul-Jabbar, Shaquille O’Neal, o canadense Steve Nash e até Michael Jordan, conhecido por pouco opinar publicamente sobre assuntos de questões políticas e sociais, também cobraram alguma ação das autoridades. Dos três brasileiros atualmente na NBA, somente Raulzinho (Philadelphia 76ers) não se pronunciou.

A NBA, porém, ainda não seguiu os passos dos atletas. A temporada 2019/2020 da liga está suspensa devido à pandemia do novo coronavírus desde 12 de março, faltando pouco mais de dois meses para o fim da temporada regular e início dos playoffs - a retomada já está sob estudo. Apesar disso, apenas quatro (Oklahoma City Thunder, New Orleans Pelicans, San Antonio Spurs e New York Knicks) das 30 franquias não se posicionaram de alguma maneira sobre a morte de Floyd.

O policial suspeito da morte se chama Derek Chauvin, de 44 anos. Ele foi preso na última sexta-feira e vai responder por assassinato em terceiro grau (considera-se que o responsável foi imprudente ou irresponsável) e homicídio culposo (sem intenção de matar).

Tags: basquete nba