No entanto, o mau futebol apresentado nos últimos jogos preocupa o torcedor do clube. O Botafogo venceu apenas uma das últimas cinco partidas disputadas após a pausa da Copa do Mundo. Foram quatro derrotas contando com o duelo desta noite. Por isso, o técnico Marcos Paquetá já começa a ser questionado no cargo. Os poucos torcedores da equipe alvinegra que estiveram no estádio pediram sua saída.
A partida de volta contra o Nacional será no dia 16, no Engenhão. Quem passar enfrentará o vencedor de Bahia e Cerro, do Uruguai. O time tricolor venceu o jogo de ida por 2 a 0 na Fonte Nova e faz o duelo de volta no dia 8. Pelo Campeonato Brasileiro, o Botafogo volta a campo no sábado, às 16h, quando receberá o Santos, no Engenhão.
O jogo
Em campo, o Botafogo demonstrou mais uma vez que está completamente desorganizado. Falta tudo. Falta qualidade para tocar a bola no meio-campo, falta técnica para os atacantes e falta atenção para os defensores. O primeiro gol do adversário saiu logo aos nove minutos. Após a zaga do time alvinegro rebater uma cobrança de falta, Danilo Santacruz recebeu de costa para o gol, dominou no peito e mandou de bicicleta sem chances para o goleiro Saulo.
A sorte do Botafogo é que o Nacional também não é das melhores equipes. O time alvinegro até conseguiu se impor um pouco mais. Mas também deixava muitos espaços para o Nacional atacar. Os paraguaios tiveram oportunidades de ampliar, mas vacilaram.
Kieza era o jogador mais perigoso. Ele caia pelos dois lados do campo. Primeiro, pela esquerda, invadiu a área, mas foi fominha e chutou fraco nas mãos de Rojas. Depois, aos 31, avançou pela direita e cruzou rasteiro nos pés de Rodrigo Pimpão, que se enrolou com a bola. Luiz Fernando aproveitou a sobra e mandou para as redes, deixando tudo igual: 1 a 1.
O segundo tempo continuou um jogo aberto, sem muita técnica, e, mais uma vez, o Nacional aproveitou um vacilo do adversário para voltar a ficar na frente do marcador. Luis Miño roubou bola de Matheus Fernandes e tocou para Vieyra. Ele tabelou com Bareiro e colocou no canto do goleiro Saulo.
Apesar de o Nacional dar espaço, os próprios jogadores do time carioca se atrapalhavam na chegada ao ataque. Desperdiçavam muitos passes errados. Do outro lado, o Nacional também tinha dificuldades para ampliar o marcador.
O time alvinegro teve somente duas boas chances na etapa final. A primeira veio em cobrança de falta de Valência, aos 35 minutos. Ele buscou o ângulo direito do goleiro, mas a bola saiu pela linha de fundo. Nos acréscimos, Brenner recebeu livre na pequena área, com o goleiro fora do gol, mas chutou em cima do zagueiro, que protegia a meta.
NACIONAL 2 X 1 BOTAFOGO
NACIONAL
Rojas; Victor Velázquez, Paniagua, Melgarejo e Luis Miño; Orué, Franco, Vieyra (Argüello) e Clarke; Bareiro (Arévalos) e Danilo Santacruz
Técnico: Celso Ayala
BOTAFOGO
Saulo; Luis Ricardo, Joel Carli, Igor Rabello e Gilson; Matheus Fernandes (Marcelo), Rodrigo Lindoso e Leonardo Valencia; Luiz Fernando (Brenner), Rodrigo Pimpão (Renatinho) e Kieza
Técnico: Marcos Paquetá
Local: Estádio Defensores del Chaco, em Assunção (Paraguai)
Data: 1 de agosto de 2018 (Quarta-feira)
Árbitro: Roberto Tobar (Chile)
Assistentes: Claudio Ríos (Chile) e Edson Cisternas (Chile)
Cartão amarelo: Velásquez, Franco, Orué (Nac); Rodrigo Lindoso, Joel Carli (Bota)
GOLS: Danilo Santacruz, aos 9, Luiz Fernando, 30min do 1ºT; Vieyra, aos 6min do 2ºT