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SÉRIE A

CBF admite erro de comunicação no VAR em gol anulado do São Paulo contra o Ceará

Entidade diz que comunicação paralela sobre cartão prejudicou orientação

postado em 26/11/2020 20:22 / atualizado em 26/11/2020 22:35

(Foto: Érico Leonan/São Paulo FCNet)

Nesta quinta-feira, a Comissão Nacional de Arbitragem da CBF deu o parecer sobre o polêmico lance que resultou em gol anulado do Sâo Paulo no empate por 1 a 1 com o Ceará, jogo remarcado da 16ª rodada do Campeonato Brasileiro. Em nota no site oficial, a entidade admitiu erro de comunicação no procedimento de checagem do árbitro de vídeo (VAR).

Após Pablo balançar as redes e recolocar o tricolor em vantagem no marcador, o árbitro de vídeo validou o gol mesmo com o auxiliar assinalando impedimento, corretamente, do atacante. O árbitro Wagner do Nascimento Magalhães chegou a autorizar o reinício do jogo, mas voltou atrás após nova chamada do VAR e, enfim, anulou o lance.

Segundo a explicação da entidade, o árbitro de vídeo precisou checar o lance duas vezes para tomar a decisão. Na primeira, informou gol legal, o que fez o árbitro central validar o lance. Em seguida, entretanto, informou uma nova checagem, percebendo impedimento na origem da jogada.

Contudo, uma comunicação paralela entre o árbitro de campo e o quarto árbitro, a respeito da aplicação de um cartão amarelo para um jogador do Ceará, atrapalhou a segunda orientação da cabine do VAR para o árbitro central.

Por causa disso, de acordo com o comunicado da CBF, Wagner do Nascimento Magalhães, o dono do apito na partida, autorizou o reinício do jogo e não ouviu a correção do árbitro de vídeo, que pediu para esperar uma nova checagem ser concluída.

Ao final da nota, a Comissão Nacional de Arbitragem ainda informou que vai abrir a possibilidade dos dirigentes de Ceará e São Paulo compareceram na sede da CBF para fazer mais esclarecimentos, se necessário.

Ainda na quarta-feira, logo depois da partida, o diretor de futebol do Tricolor, Raí, classificou o erro como "absurdo" e informou que iria pedir esclarecimentos da entidade.

(Foto: Miguel Schincariol / saopaulofc.net)


Confira na íntegra a nota da Comissão Nacional de Arbitragem

Após a análise dos áudios e imagens da cabine do VAR e dos fatos ocorridos na partida entre Ceará Sporting Club e São Paulo Futebol Clube, realizada nesta quarta-feira (25), pelo Campeonato Brasileiro da Série A, a Comissão Nacional de Arbitragem esclarece a cronologia dos acontecimentos que levaram à anulação de gol do São Paulo Futebol Clube:

1 – Importante registrar que, inicialmente, a arbitragem de campo, diante do lance concluído, marcou impedimento do atacante do São Paulo, invalidando o gol.

2 – Após a primeira checagem da jogada de ataque do São Paulo, o árbitro de vídeo informou tratar-se de lance legal, o que fez com que o árbitro central validasse o gol para a equipe visitante de forma factual, ou seja, sem necessidade de ir até a área de revisão.

3 – Constatado que haveria mais um lance a ser revisado, o árbitro de vídeo imediatamente iniciou este segundo procedimento de checagem, momento em que solicitou ao árbitro central que aguardasse o processo ser concluído para, aí sim, determinar o reinício da partida.

4 – Acontece que uma comunicação paralela, mantida entre o árbitro central e o quarto árbitro, a respeito da aplicação de um cartão amarelo para um jogador do Ceará, prejudicou a comunicação que vinha sendo mantida entre o árbitro de campo e o VAR. E fez com que o árbitro central não ouvisse a solicitação da cabine do VAR e autorizasse o reinício da partida.

5 – Imediatamente o VAR alertou ao árbitro, que interrompeu a partida para que o procedimento de checagem, que já estava em curso antes do reinício, fosse concluído.

6 – Por fim, o VAR comunicou ao árbitro central que o lance que deu origem ao gol foi ilegal e que, portanto, deveria ser mantida a decisão inicial da arbitragem de campo, que invalidou o gol de forma correta.

Diante do ocorrido, a Comissão Nacional de Arbitragem facultou aos clubes envolvidos na partida a possibilidade de comparecerem à sede da Confederação Brasileira de Futebol para os esclarecimentos que se façam necessários.

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