Copa do Mundo
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HISTÓRIA DAS COPAS

1958 - Suécia

Pelé, Garrincha, Didi e companhia conduziram o Brasil ao primeiro título mundial

postado em 23/04/2018 21:40 / atualizado em 04/06/2018 14:48

Arquivo O Cruzeiro/EM/D.A Press

A Copa da Suécia marcou a estreia de Pelé em Mundiais. Mesmo tão jovem, então com 17 anos, o garoto de Três Corações mostrou ao mundo sua genialidade. Pelé, assim como Garrincha, começou o torneio no banco - os dois maiores jogadores do futebol brasileiro nunca perderam uma partida atuando juntos. A dupla entrou no time no terceiro jogo e não saiu mais. Ao lado de Didi, foram os destaques da primeira conquista brasileira.

Henri Ballot/O Cruzeiro/Arquivo EM

O selecionado canarinho, comandado pelo técnico paulista Vicente Feola, era composto por grandes jogadores em quase todas as posições: o goleiro Gilmar, os laterais Djalma Santos e Nilton Santos, o volante Zito e o atacante Vavá. Outro atleta inesquecível foi o zagueiro Bellini, capitão da Seleção e pioneiro no gesto de levantar a taça que os capitães de todas as seleções passaram a repetir.

A Copa da Suécia também ganhou importância simbólica. Foi em 1958 que o futebol brasileiro se livrou do “complexo de vira-lata”, expressão criada pelo escritor Nelson Rodrigues, um dos maiores cronistas esportivos do Brasil. Segundo a tese do dramaturgo pernambucano, o futebol brasileiro sofreu forte trauma com a perda do Mundial de 1950, choque este só superado em terras suecas.

Mario de Morais/O Cruzeiro/EM/D.A Press

Em 1958, o Brasil vivia um momento de forte entusiasmo com a gestão do presidente Juscelino Kubitschek (1955-1960). O político mineiro se elegeu com a plataforma do desenvolvimento econômico. A principal meta do governo era a construção de uma nova capital. Brasília foi inaugurada em 1960, transformando-se em uma das capitais mais modernas do mundo. Era também o Brasil da Bossa Nova e do Cinema Novo, expressões da cultura brasileira que ganharam o planeta.

Pelé, Garrincha, Didi e companhia não tomaram conhecimento dos adversários. O Brasil embalou e venceu a semifinal (França) e a final (Suécia) por expressivos 5 a 2. Ecoou pelas ruas do país a famosa canção “A Taça do Mundo é Nossa”, de autoria de Wagner Maugeri, Lauro Müller, Maugeri Sobrinho e Victor Dagô. “A taça do mundo é nossa/ Com brasileiro não há quem possa/ Eêta esquadrão de ouro/ É bom no samba, é bom no couro”.

O Cruzeiro/Arquivo EM
POSIÇÕES

Campeão: Brasil
Vice: Suécia
3º lugar: França
4º lugar: Alemanha Ocidental

Artilheiro da edição: Just Fontaine (França), com 13 gols

TRAJETÓRIA DO CAMPEÃO

Fase de grupos
Brasil 3 x 0 Áustria
Brasil 0 x 0 Inglaterra
Brasil 2 x 0 União Soviética

Quartas de final
Brasil 1 x 0 País de Gales

Semifinal
Brasil 5 x 2 França

Final
Brasil 5 x 2 Suécia

Tags: suécia copa brasil pelé 1958