Copa do Mundo
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HISTÓRIA DAS COPAS

2006 - Alemanha

Seleção Brasileira contava com o 'Quadrado Mágico'

postado em 23/04/2018 21:55 / atualizado em 04/06/2018 14:53

AFP PHOTO / NICOLAS ASFOURI
Em 2006, a Alemanha sediou sua segunda Copa do Mundo - a primeira foi em 1974. Entre 2000 e 2005, o país enfrentou uma longa estagnação econômica, que só foi solucionada com uma série de reformas após o período citado. Mas os 12 fantásticos estádios já estavam prontos e receberam mais de três milhões de torcedores em 64 partidas.

O Brasil, que havia conquistado o penta na Coreia do Sul e no Japão, chegava como o grande favorito ao Mundial. Capitaneada pelo técnico Carlos Alberto Parreira, a Seleção contava com o “Quadrado Mágico”: Kaká, Ronaldinho Gaúcho, Ronaldo Fenômeno e Adriano. Outras seleções, como os anfitriões, ‘corriam por fora’, com nomes como Ballack, Klose e Schweinsteiger. A França contava com Zidane, Henry e Ribery, a Argentina, com Messi, Tevez e Riquelme, além da Inglaterra, com Lampard, Gerrard, Beckham e Rooney.

A Itália chegou para disputar a Copa lidando com um escândalo de manipulação de resultados na loteria esportiva do país. Por isso, a Azzurra não era considerada favorita. Quem menosprezou nomes como Buffon, Pirlo, Gattuso e Totti foi surpreendido. Na primeira fase, os italianos venceram Gana e República Tcheca, e empataram com os Estados Unidos. Nas oitavas de final, bateram a Austrália no último minuto. A situação foi mais tranquila nas quartas, quando bateu a Ucrânia, de Schevchenko, por 3 a 0. Já na semi, foi a vez de passar pelos anfitriões alemães, com dois gols na prorrogação - Fabio Grosso e Del Piero.

AFP PHOTO

Então, Itália e França decidiram a Copa em Berlim. Zidane, de pênalti, abriu o placar, enquanto Materazzi deixou os italianos na igualdade no placar. Os dois nomes, entretanto, ficaram marcados na história dos Mundiais não pelos gols, mas sim por uma confusão. Aos 13 minutos do primeiro tempo da prorrogação, Zidane caiu em uma provocação de Materazzi e acabou acertando o peito do zagueiro em cheio com a cabeça, recebendo o cartão vermelho imediatamente. Foi assim que o meia francês, que prezava pela elegância em campo, se despedia do futebol.

O título foi decidido nos pênaltis. A Itália não errou nenhuma cobrança, mas a França, atordoada por ter perdido seu capitão com um cartão vermelho, viu Trezeguet acertar a trave e ver a Azzurra adversária faturar o tetracampeonato mundial. Além da taça, os italianos tiveram a melhor defesa da história das Copas, com apenas dois gols sofridos, sendo um de pênalti e outro contra. O zagueiro-capitão Cannavaro foi o destaque daquele time. Ao fim daquela temporada, foi coroado o melhor jogador do mundo, desbancando Ronaldinho Gaúcho.

Quadrado Mágico decepciona

O clima na Seleção Brasileira era de festividade. O Quadrado Mágico, citado no começo da matéria, era a principal esperança do hexa verde e amarelo. Na primeira fase, o Brasil venceu a Croácia, Austrália e Japão. Encontrou com Gana nas oitavas de final e aplicou um 3 a 0. 

O adversário das quartas era a França. Em meio a tantos craques, quem brilhava era Zidane. O camisa 10 cobrou uma falta na medida para Henry se antecipar a Roberto Carlos, que estava arrumando o meião no lance, e bater de primeira para o gol, sem chances para o goleiro Dida. Assim como na final de 98, Zinedine Zidane mostrava a face de carrasco do Brasil.

POSIÇÕES

Campeão: Itália
Vice: França
3º lugar: Alemanha
4º lugar: Portugal

Posição do Brasil: Eliminado nas quartas de final

Artilheiro da edição: Klose (Alemanha), com 5 gols

TRAJETÓRIA DO CAMPEÃO

Primeira fase
Itália 2 x 0 Gana 
Itália 1 x 1 Estados Unidos
República Tcheca 0 x 2 Itália

Oitavas
Itália 1 x 0 Austrália

Quartas
Itália 3 x 0 Ucrânia

Semifinal
Alemanha 0 x 2 Itália

Final
Itália 1 x 1 França (5 x 3 nos pênaltis)

TRAJETÓRIA DO BRASIL

Primeira fase
Brasil 1 x 0 Croácia
Brasil 2 x 0 Austrália
Japão 1 x 4 Brasil

Oitavas
Brasil 3 x 0 Gana

Quartas
Brasil 0 x 1 França

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