Copa do Mundo
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CONEXÃO RÚSSIA

Legado positivo para os russos

Copa do Mundo é chance para Rússia quebrar preconceito e esterótipo

postado em 01/07/2018 07:01 / atualizado em 30/06/2018 19:25

Renan Damasceno/EM/DAPress
Enviado especial

Samara –
Completo neste domingo um mês desde que desembarquei na Rússia para a Copa do Mundo. Passei por cinco cidades: duas vezes por Moscou, Sochi, Rostov do Don, São Petersburgo e, agora, em Samara, onde a Seleção Brasileira enfrenta o México nesta segunda-feira, às 11h (de Brasília), pelas oitavas de final.

O Mundial tem sido uma ótima oportunidade para os russos mostrarem ao mundo que não cabem todos no mesmo estereótipo, de frios e ríspidos. Quando andava pela Praça Vermelha, no início da semana, pensava no impacto que esta Copa pode trazer principalmente para os mais jovens.

Em um país de episódios de racismo e xenofobia nos estádios, crianças tirando fotos com latinos, africanos, europeus e asiáticos pode ser um passo importantíssimo para a quebra de preconceito. Este, acredito, será um dos grandes legados para o país. Não há momento melhor para celebrar a união dos povos como um evento esportivo.

Assim como os estrangeiros devem ter saído do Brasil com impressão de vários Brasis depois de 2014, é impossível pensar em uma só Rússia agora. As cidades vivem o Mundial cada qual a sua forma: Moscou e São Petersburgo recebem turistas o ano todo, mas cidades menos conhecidas como Rostov e Samara tem vivido uma experiência única. Basta vestir uma camisa amarela que os russos já correm para pedir uma foto. Aliás, os russos pedem para tirar foto com torcedores em qualquer oportunidade, especialmente com brasileiros, colombianos e mexicanos.   

A cada dia, a Copa do Mundo vai ficando menor, com seleções se despedindo, com as cidades retomando a normalidade. Uma coisa é certa: os russos nunca mais serão os mesmos depois deste Mundial.

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