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CONEXÃO RUSSA

Mané combinou com os russos

postado em 03/07/2018 09:11

Renan Damasceno/EM/D.A Press

Enviado especial


Samara - A história completa 60 anos e não se sabe ao certo se foi verdade ou se é uma das tantas lendas envolvendo Mané Garrincha. Pouco antes da partida entre Brasil e União Soviética, pela fase de classificação da Copa do Mundo’1958, Vicente Feola traçou uma estratégia infalível para superar os soviéticos, explorando os toques de bola de Didi e Vavá e a velocidade do ponta do Botafogo. Desconfiado, Mané ouviu tudo e, ao fim da preleção, perguntou: “Mas o senhor já combinou com os russos?”.

Feola não combinou com os russos, mas a vitória veio com gols de Vavá: 2 a 0, na sueca Gotemburgo, mesmo resultado do triunfo de ontem do Brasil sobre o México, pelas oitavas de final da Copa do Mundo, em Samara.

Samara é uma cidade agradável às margens do Rio Volga que, ontem, com o termômetro na casa dos 35ºC, mais parecia o litoral brasileiro. E quem saía da região central da cidade para ir até o recém-inaugurado estádio passava por uma série de murais na lateral dos prédios residenciais da Avenida Lênin. Um deles, lembrava a derrota do Brasil para a França, por 3 a 0, na final da Copa de 1998; outro, homenageava Lev Yashin – o maior ídolo do futebol soviético, que em 1958 foi buscar no fundo do gol as duas bolas de Vavá na campanha do primeiro título mundial.

Entre as pinturas, estava Mané Garrincha (foto) ocupando toda a lateral de um prédio de 12 andares, voltado para a principal avenida de Samara, com a camisa listrada do Botafogo e outra com a camisa da Seleção Brasileira, em 1962, edição em que carregou o time nas costas para o bicampeonato. Mané sendo Mané – até no interior da Rússia.

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