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CONEXÃO RÚSSIA

Café mineiro até no interior da Rússia

Ao perguntar para o barista a origem do grão, a resposta foi rápida: Brasil. De qual parte? Minas Gerais

postado em 07/07/2018 07:00 / atualizado em 07/07/2018 08:33

Renan Damasceno/EM/D.A Press


Kazan – Se existe uma maneira de matar saudade de Minas Gerais em qualquer lugar do mundo, essa forma é buscar a melhor cafeteria da cidade. Bem provável que, entre grãos da África ou da América Central, esteja algum representante mineiro. Não foi diferente em Kazan, a terceira principal da Rússia, distante cerca de 800 quilômetros de Moscou. Ao perguntar para o barista a origem do grão, a resposta foi rápida: Brasil. De qual parte? Minas Gerais.

“As pessoas aqui buscam o café brasileiro para blends (mistura de duas ou mais origens) ou para o expresso, pois são mais frutados e delicados”, conta Don Bazarov (foto), do Uzbequistão. “São os cafés mais populares que temos”, complementa Khong Minh Dyk, do Vietnã. Ambos são baristas da Double B, uma das quatro cafeterias de Kazan especializadas em cafés especiais.

A globalização dos grãos especiais do Brasil foi impulsionada pela terceira onda do café, uma expressão criada no início dos anos 2000, mas que se popularizou apenas nos últimos anos. Segundo o Relatório Internacional de Tendências do Café, divulgado em 2017 pelo Bureau de Inteligência Competitiva do Café da Universidade Federal de Lavras (UFLA), o fenômeno “está ligado à percepção do café como produto artesanal, que se diferencia por inúmeros atributos, como origem, torra e método de preparo”. Um fenômeno que impulsionou também a abertura de diversas cafeterias no Brasil – inclusive, claro, Minas Gerais.

Na minha visita à Double B, o café usado era o Diquinho, da Fazenda Santa Lúcia, cultivado a mais de 1.000 metros de altitude, em Varginha, no Sul de Minas. Além do café brasileiro, conta Dyk, outros usados na cafeteria são do Burundi (África) e da Colômbia.

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