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Tite diz que não voltou a convocar Fernandinho por ameaças à família do volante

Jogador foi um dos mais perseguidos depois dos 7 a 1 na Copa de 2014

postado em 23/12/2018 11:26 / atualizado em 23/12/2018 11:29

AFP / PAUL ELLIS
A Seleção Brasileira não deve mais contar com os serviços do volante Fernandinho, um dos mais longevos atletas do Manchester City e do próprio elenco verde e amarelo. Quem revelou isso foi o técnico Tite, que disse ainda que deixou de convocar o atleta contra a sua vontade.

No que dependesse do treinador do Brasil, Fernandinho continuaria a ser chamado para defender a Seleção mesmo após o desempenho ruim diante da Bélgica nas quartas de final da Copa do Mundo da Rússia. Em seu segundo Mundial - ele também esteve na derrota por 7 a 1 contra a Alemanha em 2014 -, o atleta passou de pilar do time a um dos bodes expiatórios da ira dos fãs.

Tite pensou em convocá-lo para o novo ciclo da Seleção, que atualmente está em preparação para a Copa América de 2019. No entanto, o volante revelou que se tornou alvo de ameaças de torcedores nas redes sociais, inclusive com ataques diretos à sua família. E, assim, decidiu que não aceitaria mais defender o Brasil caso fosse chamado.

O técnico afirmou, em entrevista ao SporTV, que insistiu para contar com o futebol de Fernandinho. "O primeiro atleta que senti vontade de convocar foi o Fernandinho. O número um. Ele é um jogador extraordinário, joga muito. Eu o preservei um pouquinho. Aí entrei em contato com ele, o Edu (Gaspar, diretor de futebol da seleção) entrou. Mas essa crueldade chegou à família dele e ele disse que prometeu à família que não vai voltar", explicou.

A recusa do volante não foi aceita logo de cara por Tite, que prometeu voltar a convocá-lo caso o jogador mude de ideia no futuro. "Eu disse (a Fernandinho): 'Conversa de novo'. Fui falar pessoalmente com ele porque a Seleção Brasileira tem muito orgulho de ter um atleta com essa dignidade e competência profissional. Não sou burro de convocador jogador ruim. Chega de Barbosas", afirmou, em referência ao ex-goleiro da seleção na Copa de 1950, que sofreu até os últimos dias da vida, crucificado pelo gol sofrido contra o Uruguai na final daquele torneio.

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