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Bate-Estaca rejeita polêmica e defende golpe que garantiu cinturão do UFC

Campeã diz que agiu dentro das regras ao erguer e derrubar rival

postado em 15/05/2019 21:35 / atualizado em 15/05/2019 21:46

<i>(Foto: Mauro Pimentel/AFP)</i>
Jessica Bate-Estaca conquistou o cinturão peso palha do UFC, no Rio de Janeiro, no fim de semana passado, em um golpe que é especialidade da brasileira. Ela ergueu a então dona do título, Rose Namajunas, e a jogou no octógono. A cena provocou susto e tensão em alguns fãs, já que a norte-americana caiu de mau jeito e bateu forte com o pescoço na área de luta. Felizmente, a atleta dos EUA se recuperou e logo ficou de pé para o resultado oficial. 

Apesar de muitos comentários sobre o golpe 'bate-estaca' que lhe valeu o apelido no UFC, Jessica Andrade ressaltou que o movimento foi legal, dentro das regras do MMA. "Está gerando muita polêmica por eu ter aplicado um bate-estaca. Mas o golpe foi válido porque eu fiz o movimento de arco, e ela caiu naquela posição porque continuou segurando o meu braço para tentar uma finalização. Eu fiz o bate-estaca correto", declarou a paranaense, em entrevista ao site do Combate

"Se ela tivesse soltado o meu braço, teria caído de costas e eu teria trabalhado o "ground and pound", uma finalização ou qualquer coisa do tipo. Mas, como ela não fez, acabou saindo o bate-estaca. Foi um golpe que, olhando no vídeo, de fato você se assusta. Mas ela levantou bem, estava tudo tranquilo. Se fosse um golpe inválido o árbitro teria parado a luta e me desclassificado, e eu não seria a campeã. Estamos no maior evento do mundo, com os maiores árbitros do mundo, e não teria como eu não ter sido desclassificada", ressaltou a campeã.



Depois de muita dificuldade no primeiro round, quando foi acertada várias vezes pela então campeã, Bate-Estaca aproveitou bem a oportunidade no segundo round, para aplicar o seu golpe característico - nos EUA a técnica é conhecida como slam. Com a queda, Namajunas bateu o pescoço no solo e não se levantou, o que levou o árbitro a interromper a luta, decretando o nocaute para a brasileira, aos 2min58. A brasileira se defendeu sobre o movimento, em meio a comentários contrários postados nas redes sociais, nos últimos dias. 

"É como no jiu-jítsu, que tem vários golpes e várias posições que você sabe que, se você continuar, vai quebrar, vai machucar. Então, o bate-estaca só acontece de verdade porque a pessoa deixa chegar na posição. No movimento que eu fiz de jogá-la para a lateral, ela poderia ter soltado o meu braço, e não teria caído de pescoço ou de cabeça no chão. Teria caído de ombro, ou botado os braços no chão, ou até mesmo ter me largado quando eu a ergui, e ter caído em pé. O bate-estaca tem que continuar. A gente não vê isso acontecer sempre, é muito de vez em quando. Mas quando acontece, dá toda essa confusão. É um golpe que eu acho que tem que continuar, sim, e é muito de você saber se defender e cair no chão", comentou a nova dona do cinturão peso palha.

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