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Dana White calcula prejuízo acima de US$ 100 milhões para o UFC em 2020

Dirigente projeta perda milionária com ausência de público

postado em 30/05/2020 12:34

(Foto: UFC/Divulgação)
A pandemia do novo coronavírus vem resultando em um número impressionante de mortos no mundo e afetou ainda o lado financeiro dos países. Nos esportes, a propagação da COVID-19 também fez muitos estragos. Além da paralisação forçada, como medida imediata para conter o avanço da doença, as modalidades sofrem com perda de arrecadação com bilheteria e outras receitas como patrocínios. No caso do UFC, o prejuízo em 2020 pode ultrapassar a marca de US$ 100 milhões (R$ 533,4 milhões), conforme estimativa do presidente da franquia, Dana White. 

O UFC ficou impedido de realizar eventos a partir de 13 de março, quando, pela primeira vez, se viu obrigado a promover uma edição sem a presença dos fãs, em Brasília. Na ocasião, decreto do governo do Distrito Federal, em decorrência do rápido avanço do novo coronavírus, proibiu aglomeração em locais fechados. O octógono permaneceu ‘fechado’ por todo o mês de abril e só teve a grade reaberta em 9 de maio passado, em Jacksonville, que recebeu três edições em uma semana. Mas sem os fãs na arena, o que se repetirá por tempo indeterminado. 

Dana White calcula um enorme prejuízo com a falta de renda em bilheterias, especialmente nos eventos ‘numerados’, que tradicionalmente levam grande número de fãs às arenas. “Se você olhar os outros esportes agora, vamos fazer ou não vamos fazer (eventos)? O grande problema para todos os esportes agora é a bilheteria. Nós deveremos perder mais de US$ 100 milhões este ano. Mais de US$ 100 milhões”, projetou o dirigente, em conversa com jornalistas em Las Vegas. 

(Foto: Logan Riely/AFP)


“Poderia ser mais simples, ficar esperando sentado e dizer - vamos esperar que essa coisa (pandemia) acabe. Agora, seria fácil ficar esperando, porque não há eventos, não há bilheteria”, continuou o dirigente, que citou como exemplo a indústria do cinema, que precisou adiar o lançamento de filmes por causa do fechamento das salas de exibição em quase todos os países.

“Vão perder centenas de milhões de dólares com adiamento de filmes, porque as pessoas não vão comprar entradas nos cinemas. Primeiro os filmes iam para os cinemas, depois para um streaming exclusivo pago, depois seriam lançados em vários lugares, até chegar à TV. Financeiramente, será difícil operar isso agora do jeito que as coisas vão acontecendo”, frisou o mandatário, citando a dificuldade maior com a perda de receita com bilheteria para estúdios e produtoras, assim como no caso do UFC. 

A preocupação de Dana aumenta pela incerteza provocada com a COVID-19. Segundo ele, ninguém sabe como serão os próximos meses, o que poderá elevar o prejuízo em várias áreas comerciais. “Há três meses, se me perguntassem sobre negócios, eu daria certeza de que isso ou aquilo aconteceria. Eu não sei mais. Desde que isso tudo começou, venho tentando pensar em algo adiante, mas no dia seguinte pode mudar. Eu não sei o que vai acontecer daqui a 30 dias. Eu penso apenas em tentar atravessar isso, ser agressivo, mas inteligente”, completou.

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