Longe da pandemia, perto do paraíso: UFC leva octógono para praia (Foto: UFC/Reprodução)
Depois de oito eventos seguidos nos Estados Unidos, em meio à pandemia do novo coronavírus e rígido protocolo de segurança para lutadores, equipes e funcionários, o UFC investiu pesado e abriu mão do verão norte-americano, período no qual tradicionalmente realiza grandes eventos. A liga voltou as atenções para a Ilha da Luta, em Yas, Abu Dabi, onde promoverá quatro edições no mês de julho. A estreia do octógono na praia será no UFC 251, neste sábado, a partir das 18h30 (do Brasil), com três disputas de cinturão no card principal. Os fãs terão que se contentar com transmissão pela TV (o canal Combate transmite na íntegra) ou na plataforma de streaming da companhia (UFC Pass), já que não haverá público no local.
Com voos fretados saindo de Las Vegas, São Paulo, Londres e Moscou, o UFC preparou protocolo de segurança que inclui nada menos que 3,3 mil testes de COVID-19 antes e depois da chegada dos atletas e respectivos treinadores ao local. Além disso, a franquia fechou um trecho de 11km da Ilha de Yas, para proibir a entrada de residentes de Abu Dabi e deixar os lutadores em total regime de isolamento. Serão mais de 2,5 mil pessoas, incluindo também funcionários, alojados na ‘zona de segurança’ durante o mês de julho.
Para os quatro eventos na Ilha de Yas, os lutadores terão 17 equipes médicas em três instalações. Além disso, todos passarão por túneis de ventos, equipamentos de desinfecção que matam até 99% das bactérias. Uso obrigatório de máscara, distanciamento social e triagem noturna para checagem de temperatura são outros procedimentos previstos no protocolo de segurança.
Octógono na Praia de Yas: ponto turístico só para atletas, equipes e funcionários (Foto: UFC/Reprodução)
Os atletas e funcionários do UFC terão momentos de lazer e descontração na ilha, com restaurantes, salas de jogos, campo de golfe e passeios de caiaque na praia. Obviamente, sem turistas por perto. “Criamos uma infraestrutura que será uma experiência única para todos na UFC Fight Island. Do octógono na praia, passando pelas instalações de treinamento, a zona de segurança, restaurantes e a incrível arena. É um destino que só poderia ser imaginado”, declarou o presidente da franquia, Dana White.
Além do UFC 251, o octógono permanecerá aberto na paradisíaca Ilha de Yas nos dias 15, 18 e 25. Com dificuldades para marcar eventos nos EUA, o que inclui levar atletas de outros países por causa das restrições de viagens em aeroportos, a organização trocou Las Vegas, onde todos os anos promove a Semana Internacional de Lutas durante o mês de julho, verão no hemisfério norte, com eventos valorizados nesse período, por Abu Dabi. Com apoio de autoridades do turismo dos Emirados Árabes, foi criada a Ilha da Luta.
Lutadores ficarão isolados em instalações de luxo na Ilha de Yas (Foto: UFC/Reprodução)
CINTURÕES
O UFC 251 se transformou em evento de ponta na temporada. Serão nada menos que três disputas de cinturão no card principal, tudo para abrir em grande estilo a Ilha da Luta. Na luta mais importante, Kamaru Usman, campeão dos meio-médios, terá o desafiante Jorge Masvidal – substituto de Gilbert Durinho, que testou positivo para COVID-19 e foi afastado. No co-main event, estará em disputa o título dos penas, com Alexander Volkanovski e Max Holloway.
O Brasil terá um velho ídolo do MMA em ação. Aos 33 anos, José Aldo busca o cinturão em outra divisão. O manauara, que reinou na divisão dos penas entre 2010 e 2015, tenta êxito nos galos (61kg), diante do russo Petr Yan. O título ficou vago desde a aposentadoria precoce de Henry Cejudo, em maio passado.
O card principal terá mais brazucas. E serão duas lutadoras femininas do país, uma delas mineira. Amanda Ribas, natural de Varginha, vai enfrentar Paige VanZant no peso mosca (57kg), na abertura dos duelos mais relevantes da programação. Em seguida, haverá revanche entre as ex-campeãs peso palha (52kg), a paranaense Jéssica Bate-Estaca e a norte-americana Rose Namajunas.
