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COLUNA DO JAECI

Desculpa pronta

O Cruzeiro é um time sem força ofensiva e não pode se apoiar em desculpas caso seja eliminado

postado em 22/09/2018 12:00 / atualizado em 22/09/2018 09:59

Bruno Haddad/Cruzeiro E.C.
O Cruzeiro foi prejudicado pela arbitragem do paraguaio Éber Aquino, que expulsou Dedé injustamente – e o mundo inteiro condenou. Porém, isso não pode servir de desculpas da diretoria, caso haja uma eliminação na Libertadores. Antes de Dedé ser expulso, o time azul havia tomado uma bola na trave, e Fábio, sempre ele, feito duas grandes defesas. A verdade é que o Cruzeiro tem jogado muito mal ultimamente. Classificou-se na Copa do Brasil nas penalidades contra o Santos, em partida péssima. Venceu o Palmeiras e também não jogou bem. Um ataque que não faz gols e um camisa 30 que não cria absolutamente nada. Se é forte na defesa, principalmente com Fábio e Dedé, o Cruzeiro é péssimo no ataque, que pouco faz gols. Barcos é uma ilusão. Outra péssima contratação, na qual até eu acreditei.

Ilusão
Não adianta a diretoria ter ilusão de que vai anular o jogo ou até mesmo o cartão do Dedé, pois isso não vai ocorrer. Mesmo o mundo inteiro vendo que o árbitro errou, a entidade vai dizer que foi interpretação dele, que achou força excessiva no choque de Dedé com o goleiro Andrada. O Cruzeiro precisa melhorar é seu poder ofensivo, que tem sido zero, e tentar fazer, no mínimo, 2 a 0 no Boca para levar a decisão para as penalidades. E, se possível, 3 a 0, para se classificar diretamente. Tenho visto muita gente dizer que a defesa do Boca é frágil. Eu também acho, mas os argentinos se agigantam quando se trata de decisão. E, antes disso, tem o Palmeiras na Copa do Brasil. Basta o empate para o Cruzeiro chegar à final, mas time que não faz gols é preocupante também.

Abel Braga

O técnico Abel Braga, que está parado por opção, é o sonho de consumo da torcida do Atlético para a próxima temporada. Abel já disse que gostaria de começar um trabalho em um clube, e que não aceita pegar um time no meio de uma competição. O problema é que há alguns clubes interessados nele, inclusive o Flamengo. Se o Galo, que é dirigido pelo jovem Thiago Larghi no momento, pensar em Abel, teria que contatá-lo agora e esperar o fim do ano para apresentá-lo. Porém, se o fizer, estará desprestigiando Larghi, e a conduta do presidente Sérgio Sette Câmara não é essa. O problema é que o torcedor sabe que se quiser pensar em título o Galo tem que apostar em um nome de peso. Larghi ainda é inexperiente, mas tem um futuro promissor.

Não mandam mais

Edu Gaspar e Tite perderam o poder na CBF e já não dão as cartas como davam até o Mundial da Rússia. Uma fonte me revelou que a diretoria da entidade, durante a renovação de contrato, cortou várias regalias de ambos, e daqui pra frente, nessa nova fase, eles não dizem um A sem consultar a cúpula. Na convocação de ontem, todos percebemos que nenhum jogador de Cruzeiro, Palmeiras, Flamengo e Corinthians foi chamado para os amistosos com Arábia Saudita e Argentina, em outubro, pois essas equipes decidem na quarta-feira quem irá à finalíssima da Copa do Brasil. Houve enorme desgaste da entidade com as convocações de Dedé, Fagner (que foi cortado) e Paquetá para os amistosos nos Estados Unidos e a ordem para não convocar esses atletas veio de cima. A efetivação de Silvinho como membro da comissão técnica permanente também foi autorizada pela presidência da entidade. A lista de convocados só é divulgada depois que a CBF dá o aval para os nomes. A banda, agora, está tocando diferente.

Rainha da Inglaterra

Uma fonte ligada à cúpula da CBF garante que os dirigentes ficaram revoltados com a fragilidade de Edu no comando do grupo, em Sochi. Por isso mesmo eles não queriam mantê-lo como coordenador, mas essa foi a exigência de Tite para permanecer. A contragosto, aceitaram, mas cortaram a autonomia que ele tinha. Também não tem cheirado bem junto aos dirigentes o fato de Tite e Edu estarem privilegiando a Globo com entrevistas e participações em programas da emissora. Já houve uma determinação para que eles sejam acessíveis a todos os órgãos de imprensa, que, para a CBF, têm a mesma importância. Quando vazou a notícia de que Neymar e seus “parças” e parentes estavam no hotel da Seleção em Sochi, a intenção era demitir Edu, mas durante o Mundial seria complicado. Por isso a resistência à manutenção dele como coordenador. A verdade é que agora ele é uma espécie de rainha da Inglaterra, ou seja, não manda mais nada.

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