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COLUNA DO JAECI

"É hexa, é hexa, é hexa!"

O Cruzeiro tem mais time, mais grupo, mais qualidade, mais técnico, mais tudo

postado em 18/10/2018 12:00 / atualizado em 18/10/2018 10:23

Vinnicius Silva/Cruzeiro


O Cruzeiro é hexacampeão da Copa do Brasil, único bi de forma consecutiva, e está garantido na Copa Libertadores do ano que vem. Tudo isso graças à vitória por 2 a 1 sobre o Corinthians, ontem, no Itaquerão, com gols de Robinho e De Arrascaeta, descontando Jadson para o Timão. Quero dar os méritos ao técnico Mano Menezes, que deu um nó tático no companheiro, o jovem Jair Ventura. O time azul foi melhor nos 180 minutos e mereceu a conquista. Tinha a vantagem de jogar pelo empate, mas, em nenhum momento, pensou nela.

Começou de forma ofensiva, querendo o gol. Mas o jogo era muito truncado e os corintianos faziam muitas faltas, haja vista os três cartões amarelos aplicados em apenas 15 minutos. Fábio e Cássio eram meros espectadores, já que os ataques não funcionavam. Entretanto, numa bola virada da esquerda para a direita, o zagueiro corintiano falhou, Rafinha dominou a serviu Barcos. O “pirata” limpou e bateu forte. A bola explodiu na trave e, no rebote, Robinho chutou forte para as redes: 1 a 0, aumentando ainda mais a vantagem azul.

Àquela altura, o Corinthians precisava fazer três gols para ser campeão, ou 2 a 1 para levar a decisão para as penalidades, já que não há o gol qualificado. Se a vantagem do empate já era enorme, com a vitória parcial aumentou ainda mais. A rigor, Fábio fez uma defesa, em bola em que saiu do gol e socou para fora da área. Dedé era um monstro, jogando muito e liderando a defesa. Muito bem postado no meio-campo, Ariel Cabral dava as cartas, já que Thiago Neves estava muito marcado.

Como escrevi na coluna de ontem, o Cruzeiro tem mais time, mais grupo, mais qualidade, mais técnico, mais tudo. Pela premiação de R$ 62 milhões de reais ao campeão e pelo número de jogos reduzido, já que quem disputa a Libertadores só entra nas oitavas de final da Copa do Brasil, vale muito mais investir nessa competição do que no Brasileirão, campeonato com 38 rodadas, cansativo e de baixa qualidade.

Veio o segundo tempo e o árbitro de vídeo foi decisivo em dois lances. Aos 8min, o árbitro marcou pênalti a favor do Corinthians, depois de consultar o VAR. A imagem mostra um toque de Thiago Neves no atacante corintiano, na área. Na minha visão, pênalti. Jadson bateu forte, no canto direito, sem chances para Fábio: 1 a 1. A torcida corintiana se inflamou. Aos 20, a outra polêmica. Jadson pegou rebote, chutou e Dedé afastou; a bola foi tocada para Pedrinho, que chutou no ângulo, marcando um golaço. Porém, Jadson fez falta em Dedé, e o VAR foi consultado outra vez. O juiz acabou confirmando a falta e anulando o gol.

O Corinthians havia crescido, a torcida empurrava e nada estava definido. O Cruzeiro não fazia um bom segundo tempo e Mano Menezes pôs De Arrascaeta, que chegara do Japão na tarde de ontem. O Corinthians também mexeu e abriu mão da marcação. Ficou exposto. Numa contra-ataque, Raniel recebeu, dominou e tocou na medida para o uruguaio. De Arrascaeta teve a tranquilidade para ajeitar e tocar na saída de Cássio. Cruzeiro 2 a 1, aos 36 do segundo tempo. O gol praticamente definiu a conquista azul, já que o Corinthians precisava de dois gols para levar para as penalidades ou de três para ser o campeão. Missão praticamente impossível.

O Cruzeiro deixava o tempo passar e chegou a perder outro gol com Raniel diante de Cássio. Porém, para quem precisava do empate, estar vencendo por 2 a 1 era grande vantagem. Não havia mais tempo para nada e, ainda que houvesse, o Cruzeiro foi superior nos dois jogos. Poderia até ter liquidado a fatura na ida, mas, ontem, mostrou ao Brasil quem é o Rei da Copa do Brasil. É hexa com toda a justiça e qualidade. Levanta o troféu pela sexta vez, está na Libertadores, e faturou nada menos de R$ 62 milhões. O investimento da diretoria está pago e o torcedor pode comemorar. “Nós somos loucos, somos Cruzeiro”, um canto que ecoa por toda a Minas Gerais. O Cruzeiro é o único bicampeão consecutivo da Copa do Brasil, mantém a hegemonia e garante o hexa. É de dar inveja a qualquer torcedor! Valeu, Cruzeiro. Sua imagem resplandece!

Levir Culpi

Não há dúvida de que é um bom técnico, que sabe arrumar uma equipe e tem identidade com o Galo e sua torcida. Porém, seus últimos trabalhos são pífios, inclusive no Japão, onde foi demitido recentemente. Em 30 anos de carreira, ganhou apenas duas Copas do Brasil. O sonho do atleticano era Abel Braga, mas o técnico carioca ainda não se recuperou da perda do filho. A mudança é benéfica, pois Thiago Larghi é muito jovem e perdeu o comando do grupo. Levir Culpi tem competência para levar o Atlético à Libertadores e, isso acontecendo, a diretoria deverá montar um time para ser campeão.

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