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De terceira opção a titular, goleiro Airton conquista prestígio e confiança no América

Goleiro ganhou espaço no Coelho com má fase de Thiago e lesão de Jori

postado em 20/11/2019 06:00

(Foto: Estevão Germano/América)
Ele foi contratado em abril como terceiro goleiro, depois da saída de João Ricardo, que era ídolo da torcida do América e se transferiu para a Chapecoense. Desde quando Jori se contundiu – teve de fazer uma cirurgia no menisco do joelho direito –, Airton se tornou titular e não saiu mais. Nas últimas 15 rodadas, destacou-se com grandes defesas e ganhou o apoio dos torcedores, que passaram a gritar seu nome nos jogos.

A carreira do goleiro, de 25 anos, já é extensa. Começou na base do Juventude-RS, onde atuou por quatro anos, o último deles no time profissional. Foi quando começou a chamar a atenção de clubes estrangeiros, como o Red Bull Salzburg, da Áustria, onde atuou por três anos.

Em 2018, Airton trocou o RB Salzburg pelo RB Brasil. Depois, foi para o Oeste-SP, pelo qual disputou o Campeonato Paulista e a Série B do Brasileiro. Surgiu a oportunidade de defender o Pelotas, no início desse ano. “Era uma equipe pequena. Mas via ali uma chance de aparecer, principalmente porque jogaria no meu estado natal. Procurava visibilidade no Rio Grande do Sul. E foi o que aconteceu. O time não brigou na ponta, mas conseguiu se manter para a próxima temporada. Surgiram, então, alguns interessados em me contratar, dentre eles, o América”, afirma o goleiro.

Contratado pelo América em abril, ao término do Campeonato Gaúcho, Airton já vinha sendo monitorado pela comissão técnica do clube, conforme ressalta o preparador de goleiros Silvio Jardim. “Nós estávamos procurando mais um goleiro. Analisamos vários e vimos uma grande qualidade técnica no Airton. Ele tem muita habilidade debaixo do gol, boa reposição de bola e destreza para jogar com os pés. Ele também é um goleiro novo, que está apto a evoluir dentro do trabalho que fazemos diariamente. Aliás, é o que está acontecendo”.

Empolgado na chegada ao Lanna Drumond, Airton se preocupou primeiramente em treinar. Um mês depois, em maio, o técnico Givanildo Oliveira foi demitido. E o novo treinador, Maurício Barbieri, trouxe com ele um novo jogador para a posição: Thiago, do Flamengo. Embora passasse a ter de brigar não só com Jori, mas também com o recém-contratado, Airton não desanimou.

Thiago jogou algumas partidas, mas não foi bem. Perdeu a posição para Jori logo que Felipe Conceição assumiu o comando do time. Mas o novo titular se contundiu no jogo contra o Botafogo-SP e teve de passar por cirurgia. Era a oportunidade para Airton, que fez o primeiro jogo na vitória sobre o Criciúma por 2 a 1. Na partida, fez pelo menos duas grandes defesas. De lá para cá, jogou 15 vezes. São dez vitórias, dois empates e três derrotas, com apenas dez gols sofridos.

“O começo da minha carreira foi difícil. Mas mais difícil ainda foi quando voltei da Áustria. Foi quando surgiu a chance de ir para o Pelotas, que embora fosse uma equipe pequena, via como uma grande oportunidade. Mas a chance apareceu longe de lá, no América. Vim pra cá. Agarrei a chance com unhas e dentes. Fico feliz de ajudar a equipe a buscar seu objetivo, a classificação para a Série A. E quero ter a confiança do treinador, de meus companheiros e do torcedor”.

Na sexta-feira, às 21h30, Airton terá a missão de guardar a meta do América na partida contra o Guarani, no estádio Brinco de Ouro, em Campinas, pela 37ª rodada da Série B. Quinto colocado, com 58 pontos, o Coelho precisa vencer fora de casa para manter as chances de acesso à primeira divisão ou até mesmo entrar no G4, a depender dos resultados das partidas de Atlético-GO, contra o Brasil de Pelotas (quinta-feira, às 21h30, em Pelotas-RS), e Coritiba, diante do Bragantino (domingo, às 16h, em Curitiba).

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