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Atlético usa uniforme para homenagear Bebeto de Freitas em jogo com o Figueirense

Vítima de parada cardiorrespiratória, diretor de administração e controle morreu na tarde dessa terça-feira, véspera do jogo da Copa do Brasil

postado em 14/03/2018 20:16 / atualizado em 14/03/2018 21:57

Bruno Cantini/Atlético

A noite desta quarta-feira é de homenagens a Bebeto de Freitas, morto aos 68 anos na tarde dessa terça-feira. O nome do diretor de administração e controle, vítima de uma parada cardiorrespiratória sofrida na Cidade do Galo, está na camisa do Atlético para o jogo contra o Figueirense, no Independência, pela terceira fase da Copa do Brasil.

Grafada em branco, a palavra ‘Bebeto’ ocupa espaço localizado logo abaixo da marca da Caixa, patrocinadora máster do Atlético (veja fotos na galeria abaixo). O uniforme utilizado nesta quarta-feira é a versão ‘all-black’.


O clube alvinegro também homenageou Bebeto de Freitas no material de jogo que é distribuído aos jornalistas. Uma foto do ex-jogador e técnico de vôlei estampa o produto (veja abaixo).

Túlio Kaizer/Superesportes

Bebeto de Freitas sofreu uma parada cardíaca na parte interna da Cidade do Galo, enquanto participava uma confraternização com os jogadores e dirigentes do Galo Futebol Americano. Ele foi atendido rapidamente por vários médicos do clube, que estavam no CT. Um desfibrilador foi utilizado, mas ele não resistiu e morreu.

Perfil

Jogador de vôlei, treinador, dirigente, presidente e diretor de clube. A relação do carioca Bebeto de Freitas com o esporte é antiga, a começar pelo parentesco com duas personalidades do futebol: ele era sobrinho do jornalista João Saldanha, que dirigiu a Seleção Brasileira nas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 1970, e primo de primeiro grau de Heleno de Freitas, que atuou pelo Botafogo nos anos 1940 e 1950.

Mas sua carreira se tornou emblemática no vôlei, esporte pelo qual ganhou respeito e se tornou consagrado em todo o mundo. Ele foi ponteiro do próprio Botafogo, tendo conquistado 11 estaduais nas décadas de 1960 e 1970. Depois, se tornou técnico da geração de prata, que conquistou o vice-campeonato na Olimpíada de 1984, em Los Angeles. Também participou dos Jogos Olímpicos de 1988, em Seul, perdendo a medalha de bronze para Argentina.

Bebeto também treinou o Maxicono Parma, da Itália, de 1990 a 1995, e se tornou técnico da Seleção Italiana em 1997 e 1998, conquistando o título da Liga Mundial em 1997.

A amizade com o prefeito de Belo Horizonte e ex-presidente do Atlético, Alexandre Kalil, o aproximou do clube mineiro. Inicialmente, foram duas passagens para trabalhar como manager do clube, em 1999 e 2001, na gestão do então presidente, Nélio Brant. Os resultados do Galo no período foram expressivos a nível nacional, já que o alvinegro foi vice-campeão brasileiro de 1999 e quarto lugar em 2001.

Em 2002, ele voltou ao Botafogo, o clube do coração. Por breve período naquele ano, se tornou diretor, mas se afastou do cargo rapidamente ao demonstrar interesse em se candidatar à presidência no fim da temporada. O período como mandatário do clube carioca foi muito positivo, já que conseguiu reestruturar as contas financeiras e trazer investimentos para o futebol. Além de devolver o time carioca à elite do futebol brasileiro, em 2003, conquistou o Campeonato Carioca de 2006 e da Taça Rio em 2007 e 2008. Outra importante conquista de Bebeto foi a concessão do Engenhão para o alvinegro.

Bebeto voltou ao Atlético em 2009 para trabalhar novamente com Alexandre Kalil, que acabara de assumir a presidência. Como diretor-executivo, ajudou a elevar o orçamento do clube e formalizar novas parcerias.

Com a eleição de Kalil para a prefeitura de Belo Horizonte, Bebeto se tornou secretário de Esportes e Lazer. Deixou o cargo em dezembro para assumir a diretoria de administração e controle do Galo, na gestão de Sérgio Sette Câmara.

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