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Próximo do retorno aos gramados, Carlos César diz que cogitou aposentadoria e pensa em renovação contratual com o Atlético

Lateral-direito sofreu com graves lesões nos últimos dois anos e deve ser titular do Galo contra o Tombense na quarta-feira

postado em 21/01/2019 16:54

Bruno Cantini/Atlético

O lateral-direito Carlos César deve voltar a jogar pelo Atlético na quarta-feira, às 19h15, em Tombos, contra o Tombense, pela 2ª rodada do Campeonato Mineiro. O jogador, que voltou ao clube em 2019, está totalmente recuperado e faz parte do time alternativo do alvinegro que vai entrar em campo. O jogador de 31 anos afirmou que cogitou a aposentadoria no fim do ano passado.

Carlos César conviveu, nos últimos dois anos, com lesões graves. Em 2017, sofreu uma ruptura nos ligamentos do tornozelo esquerdo. Já no ano passado, enquanto defendia o Coritiba, sofreu uma grave lesão no joelho direito (nesse caso ele não passou por cirurgia). O jogador ressaltou que o apoio da esposa foi fundamental para que ele não abandonasse o futebol.

“Chegou no fim do ano agora, chamei me esposa para sentar, a princípio falei para ela que era brincadeira: ‘amor, e se eu disser para você que quero parar agora, encerrar agora. Emocionalmente não estou mais aguentando e fisicamente não sei o que vai acontecer. Sou um jogador que quero sempre estar em cima. Já contei minha história para você, desde que eu nasci, todas as dificuldades que passei. Mas parece que essa está maior’. Aí ela, num tom mais sério e positivo do que eu, me colocou de volta para a Terra e falou: ‘você não é o único que vai passar por isso, não foi a primeira vez que passou. Você é vitorioso’. Eu falei que estava brincando, que só queria descontrair, mas no fundo era verdade o que eu queria falar para ela. Eu fui encorajado por ela. Essa importância de ter pessoas ao seu lado. Você precisa delas. Muitas vezes as pessoas não sabem o que você está passando. Toda pessoa não quer desistir, ela quer vencer. Mas, pela dor ser tão grande, parece que ela não vai suportar”, disse o lateral-direito.

“Eu tenho uma história aqui no clube, tenho uma certa vivência no futebol, conquistas. Essa preparação não está acontecendo agora. Nas férias eu já vinha pensando em muitas coisas. Nos últimos dois anos tive lesões traumáticas, que o atleta não espera. Eu sou muito focado no meu trabalho, não tenho lesões musculares. Infelizmente aconteceram essas lesões de tornozelo e joelho. Passam muitas dúvidas na cabeça. Neste momento, tem o fortalecimento da família, dos amigos, das pessoas que acreditam em você. Eu fui para Uberaba e tive um combustível muito grande, encontrei pessoas da infância, que não via há muito tempo, pessoas que relativamente encontrava e outras que nem conhecia. Isso me deu força, porque elas torciam para que eu voltasse a vestir a camisa do Atlético. Essa preparação já vem há um tempo na minha recuperação”, completou o jogador.

Carlos César deseja trabalhar passo a passo no Atlético. O contrato com o clube se encerra no fim do primeiro semestre de 2019. O jogador espera mostrar bom futebol para renovar com o Alvinegro.

“Agora é aproveitar a oportunidade que tanto esperei e estou preparado para entrar em campo. Já recuperei a forma física, já me recuperei da lesão. É uma meta de cada vez. Agora é entrar em campo, defender as cores do Atlético e buscar os três pontos. Sempre costumo dizer que os frutos que vou colher lá na frente é resultado do que eu fizer hoje. Tenho que ir um dia de cada vez, fazer o meu melhor, mostrar que estou dando frutos. Aí, renovação de contrato, sequência com a camisa do Atlético, vai vir naturalmente”.

Volta aos gramados

A última partida de Carlos César foi no dia 21 de agosto do ano passado. Ele entrou em campo no empate por 2 a 2 do Coritiba com o Criciúma. Depois desse jogo, ele sofreu a lesão no joelho direito, passou um longo período de recuperação e iniciou a pré-temporada com o Atlético em 2019. Ele relata a emoção de voltar aos gramados.

“O tamanho da saudade não tem como dizer. Eu vivo isso. Eu vivo futebol, de tudo que passei até aqui. Não tem como mensurar o tamanho. É o que eu vivo, me faz feliz. A Michelle, psicóloga do Atlético, disse que meu sorriso estava grande de entrar no Independência. Estar relacionado para mim foi uma vitória. Vivo cada processo dessa volta da minha carreira e não deixo passar nenhuma oportunidade. É isso que vivo, que amo fazer. Enquanto eu puder produzir frutos, dar frutos, eu vou fazer com intensidade”, concluiu.

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