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SÉRIE A

Análise: Atlético precisa esquecer tudo de ruim para buscar o título

Vitória sobre o Santos dá mais tranquilidade ao grupo. Preocupação agora é a recuperação de Keno, que teve luxação no cotovelo esquerdo e passará por exames

postado em 26/01/2021 22:45 / atualizado em 26/01/2021 23:08

(Foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
 
A vitória por 2 a 0 sobre o Santos já é passado no Atlético. Com a missão cumprida no Mineirão, a equipe precisa pensar no futuro. Corrigir erros e aperfeiçoar o esquema tático deveriam ser os objetivos de Jorge Sampaoli daqui para a frente. Numa competição marcada pelo equilíbrio, o Galo ainda está aquém do nível ideal, mas também não está atrás de seus adversários, sobretudo Internacional, São Paulo e Flamengo.
 
O Galo tem de usar a vantagem de contar com sequência teoricamente mais fácil do que seus rivais – na prática, tudo pode ser diferente. Os mineiros vão pegar Fortaleza, Goiás, Fluminense, Bahia, Sport e Palmeiras. Quatro deles lutam contra o rebaixamento, enquanto o alviverde paulista pode estar envolvido com uma eventual disputa do Mundial de Clubes (caso vença a Libertadores).

É um momento que não se pode errar. Esquecer tudo o que se passou de ruim é o primeiro passo para tentar chegar à dianteira em fevereiro. Até porque todos os rivais do Atlético tem mostrado alguma carência ou dificuldades em várias partidas. O Galo está no mesmo barco. Não deve, mas não está à frente.

Mas a preocupação que certamente mexe com o imaginário do torcedor é Keno. Em jogada de pura infelicidade diante do Santos, ele caiu sobre o gramado e teve luxação no cotovelo esquerdo, que foi recolocado no lugar. Ainda assim, foi encaminhado ao hospital para exames médicos complementares. Não se sabe se o atacante ficará algum tempo afastado, podendo perder a reta final da competição, mas o torcedor logo se estremece ao imaginar que a equipe pode ficar órfã de seu melhor jogador.

Artilheiro do time alvinegro na temporada, com 10 gols, Keno é jogador que concentra as melhores jogadas individuais e coletivas da equipe. Sem ele, os mineiros perdem sua principal válvula de escape, sobretudo quando as partidas estão truncadas. Ainda que não faça gol desde novembro – no empate com o Ceará por 2 a 2, no Castelão – ele ainda aparece bem em lances vindos de trás, quebrando as linhas de defesa do adversário.   

Sampaoli não conta com um jogador no banco com as características de Keno. O que mais se aproxima é Savinho, de 16 anos, que estreou profissionalmente no ano passado. Dar confiança ao garoto ou mudar o esquema?  É nesse momento que o treinador precisará comprovar toda sua capacidade de gerir um grupo e obter soluções para os problemas mais complexos. 

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