Santa Cruz

SANTA CRUZ

Após polêmica, Santa Cruz desiste de venda incomum no CT: 'Não se fala mais em ovos aqui'

Diretor da Patrimonial, João Caixero recuou após repercussão negativa

postado em 09/11/2018 18:11 / atualizado em 09/11/2018 23:06

Peu Ricardo/DP
Após repercussão negativa, a Comissão Patrimonial do Santa Cruz na figura do diretor João Caixero anunciou nesta sexta-feira que o clube irá retirar a venda de ovos da sua linha de produtos. A decisão veio após uma semana em que o noticiário coral girou bastante em torno da incomum iniciativa de se vender o produto perecível a fim de angariar fundos que ajudariam no andamento das obras no Centro de Treinamentos Ninho das Cobras.

"Retirei o produto porque quem tem ideia fixa é doido. E não estou para contrapor a torcida do clube. Não fui bem entendido. Minha colocação talvez não tenha sido entendida como um produto popular para melhorar as vendas e todos poderem ajudar o clube", afirmou Caixero. 

Uma embalagem com 12 ovos estava sendo vendida ao preço de R$ 10 desde a semana passada. O anúncio da venda gerou protesto por parte da torcida e do presidente do executivo do clube, Constantino Júnior, que através de nota afirmou "não corroborar com as ideias de venda de produtos perecíveis veiculadas". Em resposta, João Caixero chegou a afirmar que compraria mais 30 galinhas para aumentar a produção de ovos.

Como o Santa Cruz possui seus três poderes (executivo, deliberativo e comissão patrimonial) autônomos, cabia somente a Caixero a decisão de seguir ou não em frente com a ideia. Ele recuou. "Peço desculpas à torcida por não ter tido a capacidade de transmitir meu objetivo com a venda de ovos. Não queria nunca ficar em uma situação oposta aos torcedores e retirei o produto", afirmou.

Por outro lado, o clube continua a vender outros produtos, como o livro "Santa Cruz de Corpo e Alma", escrito pelo próprio João Caixero, além de cadernos e agendas com a logo coral, botons, o café orgânico "Tradição Coral", miniaturas do Expresso Coral, bolsas para viagem, a cerveja artesanal "Colosso Coral", bolo de rolo, adesivos e broches. 

A Comissão Patrimonial do Santa Cruz está promovendo essas vendas no intuito de levantar fundos para a finalização do campo Arquiteto Reginaldo Esteves e para o início da construção do segundo campo do seu centro de treinamento. Atualmente, os esforços estão concentrados em levantar R$ 64 mil para a compra da estrutura para a instalação do alambrado que irá cercar o campo número 1. "Devemos acabar de instalar o gramado até domingo", comemorou Caixero. 

Novo produto

Para substituir a venda de ovos, João Caixero anunciou que agora irá passar a vender títulos patrimoniais. O investimento, porém, desta vez, não será tão modesto como o anterior. "Não se fala mais em ovos aqui. Estamos lançando agora um título patrimonial ao valor de R$ 1 mil, em cinco parcelas de 200 reais por mês. O investidor vai ter direito ao patrimônio do CT e a participação para corrigir o capital de investimento quando algum atleta revelado for vendido", pontuou.