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Após oportunidades no primeiro semestre, jogadores da base perdem espaço no Sport

Pratas da casa deixaram de ter chance, com a consolidação do elenco

postado em 03/09/2017 15:00 / atualizado em 03/09/2017 16:23

Ricardo Fernandes/DP
No início da temporada, o Sport priorizou a disputa da Copa do Nordeste, aproveitando o hexagonal do Pernambucano para utilizar jogadores recém-chegados e pratas da casa. O primeiro semestre, por conta disso, foi de boas oportunidades para os atletas mais novos do Leão. Algo que não se repetiu na segunda metade do ano, com o elenco melhor consolidado. Sem espaço, aos poucos, os jogadores foram ganhando novos destinos. Segundo a direção, a intenção é dar mais rodagem a eles.

O caso mais emblemático é o do volante Fabrício, 19 anos, recentemente emprestado ao Oeste, para a disputa da Série B. Ele chegou a ser titular com o técnico Ney Franco, destacando-se pela personalidade em campo. Sob o comando de Vanderlei Luxemburgo, porém, acabou perdendo espaço. O treinador demonstrou ter maior preferência por Thallyson, sempre acionado no decorrer das partidas. “Fabrício teve um primeiro semestre espetacular conosco. Mas com a chegada de Patrick, Anselmo, Wesley... Perdeu um pouco de espaço. Entendemos que era importante ele pegar experiência na Série B e voltar mais maduro”, explicou o executivo de futebol Alexandre Faria, em declaração publicada no site oficial do clube.

Assim como Fabrício, Neto Moura já havia sido emprestado um pouco antes. Ele também disputa da Série B, só que pelo América-MG. No primeiro semestre, o jogador teve sete participações pelo Sport, jogando Copa do Nordeste e Pernambucano. Depois, chegou a disputar as duas primeiras rodadas do Brasileiro como titular, contra Ponte Preta e Cruzeiro. Um mês depois, foi cedido ao Coelho, onde ainda não teve uma sequência. Foram seis jogos, três como titular. Atualmente, é reserva da equipe, vice-líder da Série B.

O mais experiente

Aos 23 anos, o caso do volante Ronaldo é diferente. Ele pode ser considerado um prata da casa mais experiente. Atua com regularidade desde 2014, viveu um bom momento com Eduardo Baptista e no primeiro semestre de 2017 vinha tendo chances no time. Esteve em campo no Pernambucano, Copa do Brasil, Copa do Nordeste, Sul-Americana e Brasileiro. Foram 26 jogos, todos como titular, mas nenhum sob o comando de Luxemburgo. Pouco mais de um mês após a chegada do treinador, no início de julho, teve o empréstimo ao Ohod Club, da Arábia Saudita, confirmado. “Ronaldo é um pouco diferente. O Sport recebeu uma quantia pelo empréstimo e fixou o valor de venda. Foi para o mercado internacional, foi para o mundo árabe. Uma experiência internacional para um atleta que gostamos muito e que pode voltar para o Sport ainda mais maduro e jogando em alto nível”, justificou Alexandre Faria, na mesma entrevista ao site oficial.

Mais jovens

Há ainda outros dois casos, de jogadores mais novos, que tiveram poucas chances entre os profissionais: o meia Pablo Pardal e o zagueiro Adryelson. O primeiro, de 18 anos, logo no início da temporada, após se destacar na disputa da Copa São Paulo de Juniores, seguiu para o Cruzeiro por empréstimo. Ele chegou a ser relacionado para jogos do Pernambucano, mas nunca atuou como profissional pelo Sport. Na Raposa, integra a equipe sub-20. O defensor de 19 anos, com passagens por seleções brasileiras de base, que também se destacou na Copinha pelo Leão, foi emprestado ao Palmeiras no fim de junho. Ele disputou dois jogos entre os profissionais como titular, no Pernambucano. O fato desses dois clubes disputarem mais competições de base fez com que a direção optasse pelo empréstimo. “A gente resolveu emprestar para clubes que têm calendários hoje mais robustos que o do Sport. Sabemos que é uma deficiência do futebol do Nordeste o calendário reduzido como um todo nas categorias de base”, afirmou Alexandre Faria.

Outra história

O meia Fábio, 21 anos, viveu situação semelhante aos demais jogadores. Teve chances no time com a grande quantidade de competições do Sport no primeiro semestre, mas perdeu espaço na segunda metade do ano. Sem chances, ele decidiu, porém, trilhar um caminho diferente e deixou o Leão de vez. Ele encerrou o contrato com o clube e acertou com o Paysandu. Até o momento, fez seis jogos pelo Papão, apenas um como titular.