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Comparando João Igor e Charles, Guto Ferreira minimiza posições fixas de volantes no Sport

Sobre Charles, técnico explicou que não quer fixá-lo nem como primeiro nem como segundo volante, porque, estando 'preso', seu desempenho cai

postado em 21/05/2019 08:50 / atualizado em 21/05/2019 08:39

<i>(Foto: Anderson Stevens/Sport )</i>
É antiga a discussão sobre a real existência das funções fixas de primeiro e segundo volante no futebol. Há treinadores, talvez mais “tradicionais”, que apostam veementemente em posicionar atletas em lugares inflexíveis no meio de campo, com um deles fazendo um trabalho mais defensivo, de marcação forte, desarmes e passes curtos, e outro encarregado de um papel mais ofensivo, chegando ao ataque com velocidade, carregando e distribuindo bolas na vertical e, quem sabe, até aparecendo na área. O técnico do Sport, Guto Ferreira, opta por alternar essas funções entre os dois atletas que normalmente usa em campo como volantes, João Igor e Charles.

Para o comandante, a nomenclatura de primeiro e segundo volante não se aplica à sua equipe. “Isso de primeiro e segundo volante não existe no nosso time. Temos dois volantes, a dupla, um que atua mais pela esquerda, o Charles, e outro mais pela direita, o João Igor. A situação de jogo é que vai ditar quem vai sair para o ataque. Como nós temos um lado muito ofensivo quando o lateral direito sobe muito, o João fica mais no resguardo”, comentou.

“A alternância do João é com a subida do Norberto ou na inversão de bola, caso haja espaço para ele seguir. Quando ele sobe, o Charles vem para trás. O fato de jogarmos com o pé invertido do outro lado, por vezes, faz com que o Charles se libere um pouco mais. São situações de jogo e estilo do jogador”, explicou o treinador em coletiva. 

Em termos de características das peças que tem, Guto Ferreira detalhou como cada um pode se encaixar. “O João, em sua essência, tem característica de saída, não tem característica do que se chama de primeiro volante. Só joga fixo atrás quando o esquema tático é o 4-1-4-1. Esses dois atletas são segundos volantes, mas também podemos jogar com dois meias com características de marcação. Se acontecer de existir espaço para o João Igor ir, ele vai”, disse. 

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“Essa questão do Charles. No Internacional, ele chegou a trabalhar no 4-1-4-1 como primeiro volante. Quando você tira a liberdade de subida dele, o seu futebol. Ele tem necessidade de liberdade deslocamento, de sair para o jogo. Você pode até limitar o espaço, mas dentro desse espaço, ele precisa flutuar. Ele consegue alternar com outro atleta, mas prendê-lo numa posição inibe o futebol dele”, acrescentou Guto. 

Em sua explicação sobre o jogo tático do Sport sob o seu comando, o treinador concluiu declarando: “Nossos volantes não têm situação de impedimento. É o jogo, o condicionamento, o momento da trama, das articulações que define a saída. Prender um jogador e soltar mais o outro, é a partida que vai dizer, mas eu não costumo delimitar. Eles, de acordo com o momento do jogo, sabem o que fazer”.