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Com atletas jovens e experientes, Uninassau estreia em mais uma edição da LBF

Sob o comando de Roberto Dornelas, equipe pernambucana foi vice-campeã na última temporada

postado em 15/01/2018 18:00 / atualizado em 15/01/2018 21:16

Uninassau/Divulgação
A cada edição, a Liga de Basquete Feminino (LBF) trava uma batalha pela sobrevivência. A temporada 2018 da principal competição da modalidade no país começa comemorando avanços, sendo o principal deles o aumento no número de participantes, de seis equipes nos dois últimos campeonatos para nove este ano. Os demais desafios permanecem. Com orçamentos cada vez mais curtos, as comissões técnicas se viram para formar os elencos. O resultado disso é uma renovação bastante significativa nos times.

Pelo segundo ano como Uninassau, a equipe do técnico Roberto Dornelas representa Pernambuco na LBF. Ao todo, o grupo comandado pelo treinador disputa a Liga desde 2013, já tendo sido Sport e América. Na última temporada, o vice-campeonato, perdendo para o Corinthians/Americana, foi fruto de superação do time, que, embora desfrute de uma boa estrutura, já não tem mais o investimento financeiro de outros tempos.

O elenco da temporada 2016/17 praticamente se desfez por completo. Destaques do time como Raphaella Monteiro, eleita a revelação da última LBF, e a cubana Ariadna não permaneceram. Os esforços para a competição este ano se concentraram nas permanências da armadora Casanova, de 29 anos, o cérebro da equipe no campeonato passado, e da pivô Gil, hoje a mais experiente do grupo, com 36 anos. “Elas são as principais jogadores do nosso time e espero que conduzam as mais novas, para termos uma estabilização em quadra”, disse Dornelas.

Mesclando experiência e juventude, o treinador tem sua aposta para este ano. Após algumas temporadas de insistência, enfim, Dornelas conseguiu fechar com a pivô Carol Junqueira. O técnico já havia observado a jogadora em competições universitárias, sempre pensando em trazê-la para suas equipes. Foi somente neste ano que a atleta topou o desafio, partindo para a primeira LBF da carreira, aos 30 anos. 

Dornelas sabe que entrar na competição com um grupo tão jovem tem o seu preço. “A questão financeira pesa. Não tivemos como disputar com equipes de fora do país. Muitas atletas que foram destaque na liga passada foram para Europa, com exceção de Ariadna e Kelly. Como montamos uma equipe nova, a tendência é oscilar muito. Aos poucos, vamos formar um padrão de jogo, mas isso só durante a competição”, afirmou o treinador.

Estreia
A LBF começou oficialmente na última sexta-feira, com a realização do jogo entre Santo André e São Bernardo. Para a Uninassau, a bola sobe amanhã (terça-feira), às 20h, contra o Sampaio Corrêa, no Maranhão. O primeiro jogo em casa ocorre na rodada seguinte, no domingo (21), diante do Vera Cruz/Campinas, às 18h, no ginásio Wilson Campos, no Sesc Santo Amaro. 

Para Dornelas, a estreia fora de casa é um desafio a ser enfrentado. “Se a gente tivesse uma equipe experiente não faria muita diferença, mas como temos uma equipe nova, pode influenciar sim. Mas é aquele negócio. Vamos para lá fazer o melhor jogo possível e depois temos duas partidas difíceis aqui”, avaliou o treinador.