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CORONAVÍRUS

Por crise, sindicato libera recurso aos atletas do interior, mas valor máximo é de R$ 360

Jogadores dos clubes do interior tiveram liberados de forma antecipada seus direitos de arena do Campeonato Pernambucano

postado em 03/04/2020 18:59 / atualizado em 03/04/2020 19:56

(Foto: Cláudio Gomes/AIFC)
A crise financeira causada pela paralisação das competições em virtude da pandemia do coronavírus atinge todo o futebol. Mas são os pequenos clubes os mais vulneráveis à escassez de receitas. Diante desse cenário, o sindicato dos jogadores de Pernambuco resolveu antecipar o pagamento do direito de arena dos atletas dos clubes do interior referente ao campeonato estadual. O valor, porém, é pequeno.

A conta é a seguinte. Pela transmissão do Campeonato Pernambucano, cada clube do interior recebe cerca de R$ 140 mil de cota. Dessa quantia, 5% (cerca de R$ 7 mil) é destinada aos atletas. Sendo que cada jogador receber sua parte referente ao número de partidas disputadas por ele. Segundo, o presidente do sindicato, Ramon Ramos, em média, o valor é de R$ 45 por jogo. Esse dinheiro, em geral, é pago apenas ao término da Estadual. Mas, pelo momento de necessidade, o sindicato resolveu antecipar esse repasse.

Como o Pernambucano foi interrompido na oitava rodada da primeira fase, um jogador de um clube do interior que participou de todas as partidas tem direito a receber R$ 360. “Esse valor normalmente é pago apenas ao final do campeonato, mas esse ano está sendo uma exceção devido a esse problema do coronavírus, já que esse é um dinheiro que pertence a eles. Na próxima semana vamos encerrar todos os pagamentos”, destacou Ramon.

Ainda segundo o presidente do sindicato, por enquanto os jogadores de Náutico, Sport e Santa Cruz não solicitaram também a antecipação do direito de arena. Porém, Ramon garantiu que isso será feito automaticamente, caso seja solicitado. Vale destacar que, no caso dos grandes, o valor obviamente é maior, já que cada um recebeu R$ 1 milhão de cota pelo Estadual, com os atletas tendo direito a R$ 50 mil para ser rateado. 

“Após terminar os depósitos dos atletas do interior, vou perguntar aos da capital se eles também querem receber agora. È um direito deles”, repetiu Ramon.

Ainda sobre ao interior, o presidente do sindicato se antecipou em dizer também que o órgão é radicalmente contra a proposta de redução salarial para esses clubes durante a paralisação das competições, com vem fazendo alguns clubes grandes. “Até agora nenhum clube falou isso e acho que nem vão falar. O sindicato é totalmente contra qualquer redução de salários nos clubes do interior. A Fenapaf (Federação Nacional dos Atletas Profissionais de Futebol) já era contra a redução nos grandes, imagine nos pequenos”, finalizou Ramon.