Tubarões do Cerrado disputa a final da Conferência Centro-Oeste no Gama

Pelo segundo ano seguido, os Tubarões do Cerrado representarão o Distrito Federal na final da Conferência Centro-Oeste do Brasil Futebol Americano (BFA), o campeonato brasileiro da modalidade. Dessa vez, o jogo será em casa. O confronto contra o Sorriso Hornets, time de Mato Grosso, ocorrerá no Estádio Bezerrão, no Gama, domingo (18/11), às 10h.

Pela primeira vez na história do time candango, a final da conferência regional será jogada em casa. A equipe da capital chegou até os playoffs de forma invicta e ganhou a vantagem para disputar os jogos da fase mata-mata nos próprios domínios. Os dados e estatísticas confirmam certo favoritismo para os Tubarões.

“Nos últimos três anos, os Tubarões só perderam um jogo em casa”, celebra Fabrício Ataíde, o técnico principal do time, no cargo desde 2016. Outro dado positivo é que a equipe de Brasília venceu o Sorriso Hornets na temporada regular este ano. Para o treinador, chegar até a segunda final de conferência seguida é fruto do trabalho contínuo da comissão técnica e dos jogadores. “Mantivemos a comissão técnica do ano passado e conseguimos dar continuidade ao trabalho. O sucesso veio pela nossa filosofia de jogo que é lutar até o fim”, analisa.

O técnico conta que o número de técnicos subiu e acredita que isso também contribuiu com a boa performance da equipe.  “Em 2016, eram apenas dois treinadores. Neste ano, são três técnicos e dez coordenadores. Temos mais informações e conhecimento”, conta. No futebol americano, os técnicos são divididos em três: o primeiro para o time de ataque, o segundo para o de defesa e o terceiro para os times especiais.

Além disso, há muitas posições na composição da equipe e, por isso, vários coordenadores. “Cada posição tem uma peculiaridade e essa especialização da comissão técnica é muito importante”, afirma Fabrício. O wide receiver Lucas Muniz acredita que o resultado é reflexo do trabalho que Fabrício fez. “Temos essa mentalidade diferente, que é a de trabalhar todo jogo, treino e não desistir até o final”, afirma o jogador, que está no time há nove anos.

Além de jogador, Lucas é presidente do clube desde o início do ano. Para ele, a vantagem de atuar em casa tem dois aspectos. O primeiro é a torcida. “Os torcedores têm um efeito positivo no time da casa e a energia que eles mandam é sentida dentro do campo. Quem é de fora, tem que jogar contra a torcida também”. De acordo com Lucas, o público nos jogos dos Tubarões chega em média a 400 pessoas.

Outro ponto favorável ao time de Brasília é não ter que viajar para jogar. “A distância é um ponto negativo. O time deles vai vir com o cansaço e isso afeta bastante”, analisa. No último ano, os Tubarões tiveram que viajar para enfrentar o Cuiabá Arsenal na final da Conferência do Centro-Oeste e perderam a disputa por 19 x 10.

Caso vençam no domingo, os Tubarões serão o primeiro time do Distrito Federal a conquistar o título da Conferência do Centro-Oeste da liga. No entanto, apesar de as estatísticas estarem a favor do time candango, Fabrício prefere manter os pés nos chão. “Jogar em casa é um fator motivacional e é mais confortável do que ter de fazer uma viagem longa para jogar, mas os detalhes contam muito no futebol americano”, explica. (MEC)

O domingo também será de grandes emoções para outro brasileiro no futebol americano. O brasiliense Cairo Santos volta a jogar na NFL, liga de futebol americano dos Estados Unidos. O kicker assinou contrato com o Tampa Bay Buccanneers na última segunda-feira, mesmo dia em que completou 27 anos. Este é o terceiro time que Cairo defende na liga em 2018. 

Antes de Tampa Bay, ele passou pelo New York Jets durante a pré-temporada e pelo Los Angeles Rams, onde jogou duas partidas em outubro. No time de L.A, Cairo foi chutador “interino” enquanto o titular Greg Zuerlein se recuperava de lesão. Com bom desempenho, Cairo acertou cinco field goals em seis tentativas e cinco extra points em seis chances.