Uma semana após a passagem da Seleção Brasileira feminina de vôlei por Brasília, é a vez de a equipe masculina disputar um amistoso na cidade. Neste sábado (18/8), às 21h45, o Brasil enfrenta a Holanda no ginásio Nilson Nelson — os ingressos custam de R$ 25 a R$ 70. Bruninho, Wallace, Lipe e outros campeões olímpicos desembarcaram ontem no aeroporto da capital, por volta das 12h30, com sorrisos tímidos, enquanto posavam para fotos ao lado de torcedores. Ainda que tenham sido atenciosos com os fãs, o clima entre os jogadores era bem diferente ao da última vez em que atuaram na cidade.

 

Quando veio disputar uma partida festiva em solo candango em setembro de 2016, a Seleção Brasileira masculina havia recém-conquistado o ouro olímpico nos Jogos do Rio-2016. O amistoso contra Portugal foi jogado em uma quadra de vôlei montada no gramado do Estádio Nacional Mané Garrincha. “Foi uma emoção única, uma experiência incrível, com mais de 40 mil pessoas. Inacreditável”, recorda Bruninho, sobre o jogo que marcou a despedida do líbero Serginho. 

 

Aquela também era a última vez que a equipe jogava em Brasília sob o comando de Bernardinho. Em janeiro de 2017, Renan Dal Zotto, um craque como jogador, assumiu o posto ocupado por 16 anos pelo antecessor. O criador do famoso “saque viagem” na década de 1980 terminou o primeiro ano à frente da Seleção com dois títulos – na Copa dos Campeões e no Sul-Americano –, além do vice na Liga Mundial em Curitiba. Neste ano, porém, a equipe brasileira terminou a Liga das Nações fora do pódio: na quarta colocação, após cair nas semifinais diante da Rússia e perder o terceiro lugar para os Estados Unidos – os dois jogos por 3 sets a 0.

 

Enquanto as últimas lembranças de Brasília são de festa e lágrimas pela emoção da despedida do bicampeão olímpico Serginho, o sentimento atual é de seriedade. Renan está diante do principal desafio como técnico desde que assumiu o cargo. De volta à cidade, a Seleção masculina inicia uma sequência de três amistosos contra a Holanda visando a preparação para o Campeonato Mundial, que será disputado na Bulgária e na Itália, de 9 a 30 de setembro. “Encaramos cada competição como um grande desafio, mas sabemos que um Mundial é uma responsabilidade muito grande, consequentemente, aumenta a tensão e a expectativa”, avalia Renan. 

A vida do técnico Renan Dal Zotto ficou ainda mais complicada com os desfalques de dois ponteiros que integraram o grupo campeão olímpico no Rio. Um deles é Maurício Borges, que passou por cirurgia após sofrer uma lesão no joelho direito durante a Liga das Nações. O outro é Lucarelli, que chegou a ser convocado para o Mundial, mas pediu dispensa por não se sentir preparado para enfrentar o ritmo intenso de uma competição desse nível. O jogador se recupera de uma lesão no tendão de Aquiles, sofrida durante a Superliga.

 

Os amistosos contra a Holanda serão a oportunidade de avaliar o nível da Seleção Brasileira após um mês inteiro dedicado a treinos físicos e técnicos e, principalmente, para dar ritmo de jogo ao elenco. Após a partida em Brasília, as duas equipes se enfrentam em Manaus, em 20 de agosto, e em Belém, no dia 22. Depois, o time comandado por Renan Dal Zotto ainda terá uma semana de trabalho em Saquarema e mais dois amistosos contra Alemanha no país da equipe adversária, antes de viajar para a primeira partida do Mundial, contra o Egito, em Ruse, na Bulgária.

 

O adversário deste sábado do Brasil já contou com jogadores que ganharam fama no vôlei internacional, como Peter Blangé, Martin van der Horst e Bas van de Goor. Eles integraram a geração que conquistou o único ouro olímpico holandês, em 1996. Antes, em 1990, a Holanda havia sido vice-campeã da Liga Mundial. Recentemente, porém, não conseguiu vaga para as últimas Olimpíadas, em 2016, e também não disputou a Liga das Nações. Ainda assim, estará no grupo do Brasil no Mundial, que ainda conta com Canadá, França, Egito e China.

Amistoso internacional

Brasil x Holanda

 

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