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Justiça proíbe jogos do Campeonato Brasiliense em 10 estádios do DF

Bezerrão, Serejão e Abadião estão na lista de locais com problemas de segurança e infraestrura

postado em 06/08/2014 16:58 / atualizado em 06/08/2014 19:43

Redação /Correio Braziliense

Antonio Cunha/CB/D.A Press

Dez estádios do Distrito Federal estão proibidos de sediar jogos do Campeonato Brasiliense por não oferecerem condições de segurança para os torcedores e não atenderem às exigências do Estatuto do Torcedor. A decisão da 4ª Vara de Fazenda Pública determina que os espaços não sejam utilizados até que as irregularidades sejam corrigidas.

A proibição foi resultado de uma ação civil pública movida pela Procuradoria Distrital dos Direitos do Cidadão contra a Federação Brasiliense de Futebol e o Distrito Federal. Entre os problemas estão a ausência de infraestrutura dos estádios e a inexistência de planos de ação referentes à segurança.

A Procuradoria já identificou que houve três jogos depois da sentença, proferida em 11 de julho, descumprindo a determinação. Por isso, notificou a Secretaria de Esportes e as Administrações de Ceilândia, Gama e Taguatinga. Em caso de descumprimento da medida, a senteça prevê multa.

"O juiz determinou que as administrações não permitam que se realizem jogos enquanto a Federação não apressentar os laudos necessários, atestando a segurança. Se realizaram foi contra uma decisao judicial", destacou o procurador distrital dos Direitos do Cidadão, José Valdenor Queiroz.

No último fim de semana, dois jogos da segunda divisão do Candangão foram realizados: Cruzeiro x Samabaia, no Estádio Bezerrão, no Gama, e Paranoá x Bandeirante, no Estádio Serejão, em Taguatinga. Além desses jogos, houve um amistoso entre Braziliense e Luziania, no Estádio Abadião em Ceilândia.

Os clubes afirmam que não foram informados pela Federação e que souberam da situação pela imprensa antes das partidas.

Procurada pela reportagem, a Federação Brasiliense Futebol alega ter entregue os laudos de quatro estádios: Abadião, Serejão, Bezerrão e Serra do Lago. Para o diretor de futebol da entidade, Helvécio Ferreira, a medida atenderia as determinações da justiça. “Estavam liberados. A sentença é para cumprir o Estatuto. Uma vez apresentados os laudos, não precisa de resposta do MPDFT”, argumentou. O entendimento do órgão, contudo, é diferente.

A Procuradoria dos Direitos do Cidadão afirma que recebeu da FBF, na última sexta-feira, apenas um ofício com o plano de ação de segurança, transporte e contigências para a segunda divisão do campeonato brasilense nos estádios citados acima. Nenhum laudo, contudo, teria sido anexado ao documento de apenas duas páginas. Com a decisão judicial, a procuradoria considera que haveria ainda a necessidade de análise, aprovando a liberação.

Ao Correio, o Tribunal de Justiça do DF também informou que não existe nenhuma decisão com efeito suspensivo da sentença.

 

Os dez estádios incluídos na ação são:

Estádio Antonio Otoni Filho (CAVE) – Guará
Estádio Valmir Campelo Bezerra – Gama
Estádio Joaquim Domingos Roriz – Samambaia
Estádio Maria de Lourdes Abadia – Ceilândia
Estádio Elmo Serejo Farias – Taguatinga
Estádio Adonir José Guimarães – Planaltina
Estádio JK – Paranoá
Estádio Augustinho Lima – Sobradinho
Estádio Vasco Viana de Andrada – Metropolitana
Estádio Chapadinha – Brazlândia