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Universo/Brasília chega à sexta derrota diante do Franca e assume a lanterna

Aos 37 anos, Nezinho brilha pelo Universo, mas não consegue dar a primeira vitória ao time no NBB. Do outro lado, Cipolini, que jogou no time de Brasília por duas temporadas, desequilibrou o jogo para a equipe paulista

postado em 02/11/2018 21:56 / atualizado em 06/11/2018 10:21

Minervino Junior/CB/D.A Press
 
O Ginásio da Asceb estava no clima do Dia dos Finados na noite desta sexta-feira (2/11) para a 6ª rodada do Novo Basquete Brasil (NBB). Logo na entrada, bonecos de ETs – figura adotada como mascote do Universo Brasília – estavam a postos com máscaras de caveiras para receber os 924 torcedores que marcaram presença no jogo. Na verdade, a decoração estava mais para o Dia de Los Muertos mexicano, pelo tom alegre e festivo. O resultado da partida para os donos da casa, porém, teve gosto do Halloween norte-americano: derrota diante do Sesi Franca por 73 x 101 (14/30; 18/19; 18/25 e 23 x 27).

A bruxa está solta para o Universo Brasília. Após um ano sem representante do Distrito Federal na elite do basquete brasileiro, o time que voltou a dar vida ao basquete na capital federal ainda não venceu no NBB. Para piorar, chegou a sexta derrota na competição. Com o resultado, o time figura na lanterna da tabela enquanto o Sesi Franca foi à liderança, com 83,3% de aproveitamento.

Pressionado para somar os primeiros pontos na competição, o Universo Brasília até começou impondo ritmo acelerado ao jogo, quando abriu 5 x 0. Mas encontrou muita dificuldade para furar a defesa bem armada da equipe paulista. O norte-americano Zach Graham – que, antes de entrar em quadra nesta sexta-feira, era o cestinha do NBB com média de 22,6 pontos por partida –, marcou apenas um dos 12 pontos que tentou para a equipe brasiliense no primeiro quarto. Ao fim do jogo, o ala/armador atingiu 17 pontos, com 38,6% de aproveitamento e zero assistências.

O Sesi Franca abriu vantagem de 16 pontos já no primeiro quarto, que terminou 14 x 30. O experiente Nezinho, antigo conhecido da torcida candanga, comandou a tentativa de reação brasiliense no quarto seguinte. Até o intervalo, o armador havia marcado 13 pontos, tendo 56,5% de aproveitamento nos 23 pontos que tentou. O ala/pivô Windi Graterol converteu outros 11 pontos. Ainda que tenha sido a parcial mais equilibrada, o Franca se recuperou e levou o jogo para o intervalo com folga no placar, que marcava 32 x 49.

Os visitantes contaram com um jogador conhecido dos torcedores de Brasília: Cipolini, que jogou as temporadas 2014/2015 e 2015/2016 no extinto UniCeub. O pivô de 2,02 metros de altura foi o maior pontuador do time paulista, terminando o jogo com 21 pontos e 84% de aproveitamento dos pontos que tentou. Além de Cipolini, o Franca foi superior por ter contado com uma maior distribuição dos pontos marcados entre seus jogadores. Outros três atletas tiveram dois dígitos na pontuação pessoal: Lucas Dias, com 18 pontos; e Didi e David Jackson, com 15 cada.
 
Maíra Nunes/CB/D.A Press
 

Do lado do Universo, o protagonismo se concentrou nas mãos de Nezinho. Aos 37 anos, o capitão do time foi o destaque e o cestinha da partida, com 30 pontos, contabilizando 60% de aproveitamento das bolas que tentou, além de ter dado seis assistências. O esforço foi reconhecido pelo público, que gritou o nome do jogador em vários momentos do jogo. O restante da partida seguiu o mesmo ritmo, com larga vantagem do Sesi Franca e terminou com o placar elástico de 73 x 101.

“Saio feliz por estar pegando o ritmo novamente, é o meu sexto jogo oficial na temporada e estou pegando mais confiança. Mas prefiro que a nossa equipe vença a partida e todos estejam confiantes do que só eu ou o Zach estejam jogando bem”, observou Nezinho, que também disse que o time montado para chegar em cima da tabela não pode ter uma seqüência de seis derrotas.

O técnico do Universo Brasília saiu da partida visivelmente desconfortável. “Foi nosso pior jogo em aproveitamento. Pela intensidade que Franca coloca no jogo, sentimos fisicamente e tivemos um aproveitamento muito baixo no primeiro tempo”, avaliou André Germano. “Para o que queremos, temos que evoluir muito na parte técnica, no aproveitamento e na intensidade do jogo. Temos muita coisa para fazer para começarmos a vencer”, completou.

O Universo Brasília terá 12 dias até o próximo jogo, em que buscará a primeira vitória no NBB 2018/2019 diante do Botafogo, no Ginásio da Asceb, em 14 de novembro. Em situação inversa no campeonato, o Sesi Franca recebe o Minas, também em casa, com objetivo de alcançar a sexta vitória no campeonato.