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Após agredir torcedor com copo, assessor da CBF deixa a Rússia

Gilberto Batista atuava como assessor direto do presidente da CBF

postado em 23/06/2018 10:23 / atualizado em 23/06/2018 10:24

Reprodução/redes sociais
Os incidentes de violência envolvendo membros da CBF em um restaurante de São Petersburgo terminaram com o envio do assessor da entidade, Gilberto Batista, ao Brasil de forma sumária.

Relatos apontam que um torcedor hostilizou o presidente da CBF, coronel Antonio Nunes. O caso ocorrido na noite de quinta-feira deu início a uma confusão, já que o dirigente resolveu retrucar. Um de seus assessores, porém, usou um copo para partir para cima do torcedor, que teve de ser levado a um hospital.

A polícia foi chamada ao local. Mas a delegação brasileira deixou o restaurante antes. A crise levou a CBF a tomar a iniciativa de enviar Batista ao Brasil. Segundo pessoas próximas a ele, o funcionário da CBF já não está na Rússia e embarcou ao Rio de Janeiro. Ele atuava como assessor direto de Nunes, que permaneceu na Copa. Nunes viajou de São Petersburgo e já está em Moscou, onde aguarda pelo próximo jogo da seleção, semana que vem.

Existiria ainda a possibilidade de o Comitê Organizador da Copa tomar uma atitude em relação ao caso. Para isso, o torcedor que foi alvo da violência teria de primeiro prestar queixa na polícia. Se isso ocorrer, o COL passaria a agir.

Na Fifa, a consideração é de que a entidade também poderia agir de forma pró ativa. Oficialmente, a organização ainda não se pronunciou. Mas, na condição de anonimato, membros do Comitê de Ética da Fifa indicaram que acreditam que o órgão da entidade teria jurisdição para lidar com o caso.

Num dos artigos do Código de Ética da Fifa, estipula-se que todos os membros "demonstrarão compromisso com uma atitude ética". O texto ainda fala que eles "devem se comportar de maneira digna e agir com total credibilidade e integridade".

Um dos debates que poderia existir seria sobre a competência do caso ser, prioritariamente, do próprio Comitê de Ética da CBF. Mas membros do Comitê da Fifa acreditam que existiria uma brecha, no item 5 do artigo 27.

"O Comitê de Ética (da Fifa) também terá o direito de investigar e julgar casos nacionais se associações, confederações ou outras organizações não processarem tais violações ou se não for esperado um juízo adequado dadas as circunstâncias específicas", disse.

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