Os incidentes de violência envolvendo membros da CBF em um restaurante de São Petersburgo terminaram com o envio do assessor da entidade, Gilberto Batista, ao Brasil de forma sumária.
Relatos apontam que um torcedor hostilizou o presidente da CBF, coronel Antonio Nunes. O caso ocorrido na noite de quinta-feira deu início a uma confusão, já que o dirigente resolveu retrucar. Um de seus assessores, porém, usou um copo para partir para cima do torcedor, que teve de ser levado a um hospital.
A polícia foi chamada ao local. Mas a delegação brasileira deixou o restaurante antes. A crise levou a CBF a tomar a iniciativa de enviar Batista ao Brasil. Segundo pessoas próximas a ele, o funcionário da CBF já não está na Rússia e embarcou ao Rio de Janeiro. Ele atuava como assessor direto de Nunes, que permaneceu na Copa. Nunes viajou de São Petersburgo e já está em Moscou, onde aguarda pelo próximo jogo da seleção, semana que vem.
Existiria ainda a possibilidade de o Comitê Organizador da Copa tomar uma atitude em relação ao caso. Para isso, o torcedor que foi alvo da violência teria de primeiro prestar queixa na polícia. Se isso ocorrer, o COL passaria a agir.
Na Fifa, a consideração é de que a entidade também poderia agir de forma pró ativa. Oficialmente, a organização ainda não se pronunciou. Mas, na condição de anonimato, membros do Comitê de Ética da Fifa indicaram que acreditam que o órgão da entidade teria jurisdição para lidar com o caso.
Num dos artigos do Código de Ética da Fifa, estipula-se que todos os membros "demonstrarão compromisso com uma atitude ética". O texto ainda fala que eles "devem se comportar de maneira digna e agir com total credibilidade e integridade".
Um dos debates que poderia existir seria sobre a competência do caso ser, prioritariamente, do próprio Comitê de Ética da CBF. Mas membros do Comitê da Fifa acreditam que existiria uma brecha, no item 5 do artigo 27.
"O Comitê de Ética (da Fifa) também terá o direito de investigar e julgar casos nacionais se associações, confederações ou outras organizações não processarem tais violações ou se não for esperado um juízo adequado dadas as circunstâncias específicas", disse.
COPA 2018
Após agredir torcedor com copo, assessor da CBF deixa a Rússia
Gilberto Batista atuava como assessor direto do presidente da CBF
postado em 23/06/2018 10:23 / atualizado em 23/06/2018 10:24
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