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Técnicos finalistas, Didier Deschamps e Zlatko Dalic têm futuro incerto

Treinadores preferiram não comentar se continuarão os trabalhos

postado em 16/07/2018 09:49

AFP

Moscou –
Os técnicos de França e Croácia deixaram a Copa do Mundo com sensação de dever cumprido, mas sem futuro certo. Ainda que tenham mudado de patamar nas carreiras, tanto o vencedor Didier Deschamps quanto o derrotado Zlatko Dalic evitaram falar sobre o futuro depois da decisão no Estádio de Luzhniki, na capital russa.

No caso da França, são cada vez mais comuns as notícias de que Zinedine Zidane, campeão do mundo como jogador em 1998 e que acaba de ser tricampeão da Liga dos Campeões com o Real Madrid, pode assumir o cargo. Agora, com o título conquistado, é provável que a situação mude.

Para Deschamps, que também integrou a equipe do primeiro título há 20 anos, o momento é só de comemorar. “Estou feliz por este grupo, porque começamos este percurso há muito tempo. Nem sempre foi fácil, mas à custa do trabalho estaremos no topo do mundo durante quatro anos”, afirmou o treinador francês, que no fim da entrevista coletiva desejou que os jornalistas tenham férias tão boas quanto ele pretende ter. Deschamps passa a integrar, junto com Zagallo e Beckenbauer, o seleto grupo de quem já foi campeão mundial como jogador e depois como técnico.

Ele está no cargo de 2012, quando substituiu outro campeão do mundo em 1998, Laurent Blanc. Desde então, foi eliminado nas quartas de final do Mundial de 2014 pela Alemanha e perdeu a decisão da Eurocopa de 2016 para Portugal, em casa, o que gerou muitas cobranças.

Ele teve coragem de promover a renovação da equipe desde o fracasso no torneio europeu e fez apostas acertadas. Assim, não se sentiu falta de jogadores do nível do atacante Benzema, por exemplo. “Esta é uma geração jovem, alguns são campeões mundiais com 19 anos e isso é maravilhoso. Temos orgulho em ser franceses e vamos nos encontrar nesta segunda-feira, em Paris. Viva a França”, disse.

SEM PRESSA Quem também não tem como garantir que permanecerá empregado é Dalic. Ele enalteceu o trabalho dos jogadores, que levaram a Croácia a uma final de Copa do Mundo pela primeira vez na história. Como Deschamps, ele só pensa em férias no momento. “Foi um trabalho muito duro e preciso descansar alguns dias, relaxar. Depois vamos pensar no futuro com calma”, argumentou.

De qualquer forma, tanto um quanto o outro saem valorizados da Rússia. Se já tinha títulos como o Campeonato Francês, a Copa da França e a Copa da Liga Francesa, Deschamps poderá sonhar com novos desafios em gigantes europeus ou em outras seleções, caso deixe o comando da França. Já Dalic, que tem passagens por clubes da Albânia, do próprio país, da Arábia Saudita e dos Emirados Árabes Unidos, pode vislumbrar mercados mais importantes, tanto em termos de clube quanto de seleções.