Paulinho tem 12 gols e sete assistências em 49 jogos com a camisa verde-amarela. A coleção de bolas na rede começou em 18 de outubro de 2012. Convocado por Mano Menezes, deixou sua marca na Argentina, no Serra Dourada, e abriu o caminho para o triunfo por 2 x 1, pelo Superclássico das Américas.
O volante gosta de jogo grande. Sob as ordens de Felipão, impediu a derrota para a Inglaterra em 2013, na reabertura do Maracanã. O jogo terminou empatado em 2 x 2 por causa dele. O Uruguai é a maior vítima do paulista. Um terço dos gols dele saíram em duelos contra a Celeste. Todos importantíssimos. Um na semifinal da Copa das Confederações, no Mineirão. O clássico se encaminhava para a prorrogação quando ele usou a cabeça para decretar o triunfo por 2 x 1. No ano passado, fulminou o rival com três gols no Centenário, em Montevidéu. O jogo foi 4 x 1.
O camisa 15 da Seleção também aparece em jogos contra rivais difíceis. Fez dois no Japão, por exemplo. Equador, Chile e Rússia conhecem a fera. O último gol de Paulinho foi no palco da final da Copa de 2018. Fez diferença em 23 de março.
Tite deve muito a Paulinho. Em 2011, o volante marcou aquele gol importantíssimo na vitória por 2 x 1 sobre o Vasco, pelas quartas de final da Libertadores. Se não fossem as defesas milagrosas do goleiro Cássio e o oportunismo de Paulinho, o Corinthians poderia ter ficado pelo caminho na competição em que se tornou campeão.
Remanescente do fracasso coletivo de 2014, Paulinho ainda não balançou a rede na Copa do Mundo. Talvez, nem consiga em 2018. A lesão de Daniel Alves obrigou Tite a reinventar a Seleção. A possibilidade de que Willian, Philippe Coutinho, Neymar e Gabriel Jesus atuem juntos pode matar a principal característica de Paulinho, ou seja, a virtude de invadir a área e decidir partidas enroscadas. No provável sistema ofensivo, ele teria de proteger a defesa, ao lado de Casemiro, numa espécie de 4-2-3-1. Nada como a estreia do Brasil na Copa, contra Suíça, no domingo, em Rostov, para derrubar a tese.
Reserva mais questionado do elenco e queridinho do chefe
Enquanto o texto acima prova que Paulinho é homem de confiança de qualquer técnico da Seleção, Taison Barcellos Freda parece o queridinho de um só homem: Tite. O jogador de 30 anos não é unanimidade. Há quem o acuse de ter tirado vaga, por exemplo, do garoto Arthur, do Grêmio, ou do meia-atacante Luan.
Aparentemente, a justificativa para chamar Taison não cola. O elenco tem os dribladores Neymar e Douglas Costa. Por que mais um jogador de lado do campo? Taison foi campeão da Copa Sul-Americana de 2008 pelo Internacional sob o comando de Tite. Logo, o treinador tem total confiança em quem já foi seu liderado. Sabe friamente como manuseá-lo em campo.
“Taison tem consistência na carreira, tem 80 jogos entre Champions e Liga Europa. Acaba pesando nesse lado mentalmente forte, além de ser campeão da Libertadores pelo Internacional”, explicou o treinador.
Embora tenha um currículo satisfatório, Taison não é um jogador reserva capaz de mudar uma partida difícil. A rigor, Douglas Costa, Willian e Roberto Firmino são os capacitados para isso. Mas Tite colocou na cabeça que é capaz de transformar o pupilo num elemento surpresa.
Ficha técnica
Nome: José Paulo Bezerra Maciel Júnior
Nascimento: 25/7/1988
Local: São Paulo (SP)
Posição: volante
Número da camisa: 15
Clube: Barcelona (ESP)
Estreia na Seleção: 14/9/2011
Brasil 0 x 0 Argentina — Superclássico das Américas
Minutos em campo: 4.009
Convocações: 56 — Jogos: 50
Gols: 12
Primeiro gol: 19/9/2012
Brasil 2 x 1 Argentina — Superclássico das Américas
Participações em Copas: 2 (2014 e 2018)
Principais títulos: Mundial de Clubes (2012), Libertadores (2012), Brasileirão (2011), Paulista (2013), Espanhol (2018), Copa do Rei (2018) e Copa das Confederações (2013).
Nome: Taison Barcellos Freda
Nascimento: 13/1/1988
Local: Pelotas (RS)
Posição: atacante
Número da camisa: 21
Clube: Shakhtar Donetsk (UCR)
Estreia na Seleção: 6/9/2016
Brasil 2 x 1 Colômbia — Eliminatórias
Minutos em campo: 88
Convocações: 12 — Jogos: 6
Gol: 1
Único gol: 13/6/2017
Brasil 4 x 0 Austrália — amistoso
Participações em Copas: estreante
Principais títulos: Libertadores (2010), Sul-Americana (2008), Gaúcho (2009), Ucraniano (2013, 2014, 2017, 2018).