O último gol de Messi em Copas foi na primeira fase do Mundial do Brasil, contra a Nigéria, no estádio Beira-Rio, em Porto Alegre. Na ocasião, a Argentina venceu por 3 a 2, com dois de Leo. Esta, aliás, foi a única vez que o camisa 10 do Barcelona marcou duas vezes em uma mesma partida de Copa.
La Pulga — como o atacante é conhecido em seu país de origem — tem cinco gols em Mundiais (sem querer causar intrigas, o rival Cristiano Ronaldo tem quatro só na atual edição do torneio). Sua estreia aconteceu na edição de 2006, na Alemanha. A Argentina caiu nas quartas, diante da dona da casa. Messi marcou apenas uma vez, na primeira fase, na goleada por 6 a 0 diante da Sérvia e Montenegro.
Em 2010, na África do Sul, a seleção sul-americana caiu de novo nas quartas, de novo diante da Alemanha. Mas, diferente da edição anterior, Leo não balançou as redes nenhuma vez.
No Brasil, em 2014, além dos dois tentos contra a Nigéria, Messi marcou mais duas vezes na primeira fase: contra a Bósnia e Herzegovina e contra o Irã. Os hermanos foram finalistas (perderam, adivinhem só, para a Alemanha), mas o craque passou as oitavas, quartas, semi e final em branco.
Na Rússia, Messi já teve boas oportunidades de quebrar a má sequência. Em sua primeira partida, a seleção argentina enfrentou a Islândia, que estreava em Copas do Mundo. Apesar do franco favoritismo, os sul-americanos apenas empataram em 1 a 1 com os europeus. O camisa 10, inclusive, chegou a desperdiçar um pênalti.
Nesta quarta, a Argentina enfrenta a Croácia, que venceu a Nigéria por 2 a 0 na primeira rodada. Uma derrota complicaria as chances de os hermanos avançarem na competição. O grupo sabe disso e tem sentido a pressão. Em entrevista ao programa El diario de Mariana, da rede argentina El Trece, a mãe de Messi, Celia Cuccittini, disse que o filho tem sofrido com os críticos que dizem que ele joga mais pelo Barcelona e que só veste a camisa albiceleste por obrigação.
"O primeiro que quer ganhar é ele. Ele quer trazer a Copa", afirmou a matriarca de Leo. Se o vissem como o vimos. Nós o vemos sofrer e chorar. A família toda sofreu todas essas vezes. Isso dói. Essas críticas doem. Eu daria qualquer coisa para que esta fosse a sua Copa do Mundo", acrescentou.
Melhor no Barça?
Numericamente, Messi é, sim, mais efetivo no Barcelona. Por lá, o craque disputou 636 partidas e fez 552 gols, média de 0,86 gol por jogo. Pela Argentina, foram 125 convocações e 64 tentos, média de 0,51 gol por partida. Não dá para descartar, porém, o fato de La Pulga ser o maior artilheiro da história da seleção sul-americana, com — até o momento — oito gols a mais que o segundo colocado, Gabriel Batistuta. Inclusive, foi graças a ele que a Argentina chegou à Copa, já que o camisa 10 marcou os três gols na vitória sobre o Equador pelas Eliminatórias e terminou a classificatória como vice-artilheiro, com sete gols. O que pesa contra o craque é o fato de nunca ter faturado nenhum título pela seleção. Chances não faltaram. Foram três finais de Copa América e uma de Copa do Mundo. Será que a redenção de Leo virá na Rússia?