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COB minimiza fiascos brasileiros no Pan e vê 'jeitinho mexicano'

Atletas reclamaram das filas nos refeitórios e da má qualidade dos alimentos

postado em 31/10/2011 08:16

Gazeta Press

As Seleções Brasileiras de futebol e de basquete masculino protagonizaram alguns dos maiores fiascos do País nos Jogos Pan-americanos de Guadalajara. Além de contemporizar as decepções, os dirigentes do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) minimizaram os problemas da organização do evento, resolvidos com o 'jeitinho mexicano'.

"Quando você coloca a camisa amarela, nunca é uma vergonha. No esporte, um ganha e o outro perde. O ano de 2011 foi muito difícil para o calendário esportivo. Tivemos os Mundiais Militares, de Natação, de Atletismo e as seletivas para as Olimpíadas", explicou Marcus Vinícius Freire, superintendente de esportes do COB, neste domingo.

De acordo com o dirigente, os responsáveis pela organização dos Jogos Pan-americanos de Toronto-2015 já estão trabalhando para evitar que o acúmulo de torneios importantes na véspera prejudique a próxima edição do evento na cidade canadense.

Comanda pelo técnico Rubén Magnano, a seleção masculina de basquete sequer passou da primeira fase após derrotas para Estados Unidos e República Dominicana. Já o time de futebol, treinado por Ney Franco, deixou o torneio sem vencer (empatou com Argentina e Cuba antes de perder da Costa Rica).

"Nos dois casos, o que importa é que as modalidades conseguiram a classificação para as Olimpíadas", lembrou Freire. No futebol, o time sub-20 se classificou para Londres ao vencer o Sul-americano. Já a equipe de basquete garantiu a vaga com o vice-campeonato do Pré-olímpico. As duas modalidades disputaram o Pan sem força total.

Durante o campeonato, alguns atletas brasileiros reclamaram de problemas de organização. O nadador Cesar Cielo, por exemplo, citou a longa fila no restaurante da Vila Pan-americana. Já Lucimara Silvestre, do heptatlo, disse não ter conseguido comer os alimentos do recinto pela má qualidade.

Bernard Rajzman, chefe de missão do COB, minimizou os imprevistos. "Normalmente, os eventos desse tamanho demoram um tempo para pegar embalo e começar a funcionar. O estilo deles é parecido com o do brasileiro, do jeitinho para conseguir arrumar as coisas. Apesar das críticas no começo, tudo foi contornado e saímos felizes com o que aconteceu", afirmou.