O duelo foi disputado no estádio Frei Norberto, no interior de Minas Gerais, no último sábado (10/2), e terminou com a vitória do Sobradinho por 2 x 1. Após o apito final, o mandatário invadiu o campo para reclamar com o árbitro, que alegou ver uma arma de fogo na cintura de uma pessoa que entrou no gramado com o presidente.
Segundo o procurador-geral do TJD-DF, a súmula da partida só chegou nesta sexta-feira na sede do órgão. "Acabamos de receber o documento, o fato é urgente e tem que ser feito ainda hoje (sexta)", diz Felipe Lacerda, sem dar certeza que a denúncia realmente será feita. A demora no processo pode ser explicada pelo feriado de carnaval, que paralisou as atividades das entidades que comandam o futebol candango até a tarde de quarta-feira (14/2).
As súmulas, documentos oficiais das partidas, são confeccionadas pelos árbitros e delegados dos jogos. A Federação de Futebol do Distrito Federal (FFDF) envia os registros para o TJD-DF que, por sua vez, os manda para a Procuradoria. "Temos que analisar com calma quando a denúncia realmente for oferecida. Não há como precisar o que vai acontecer", conta Alberto Gois, presidente do TJD-DF.
O presidente do Sindicato dos Árbitros de Futebol do Distrito Federal (Saf-DF), Raimundo Lopo, estava presente no jogo entre Paracatu e Sobradinho e presenciou os fatos denunciados na súmula. "Esse cara (Elias Andrade) sempre faz gracinha. Já agrediu outros árbitros, já mandou retirar policiamento do estádio para deixar o juiz ameaçado. Estou acompanhando de perto", comenta. Além das medidas na esfera esportiva, o Saf-DF também entrará com uma ação na justiça comum. Procurado para comentar o assunto, o presidente do Paracatu, Elias Andrade, preferiu não responder aos questionamentos do Correio.