CANDANGÃO

Brasiliense, Paracatu, Gama e Luziânia definem primeiros semifinalistas do Candangão

Jacaré e alviverde jogam com vantagem, mas os rivais acreditam em reviravolta no placar

postado em 21/03/2018 09:04 / atualizado em 21/03/2018 12:09

Ricardo Botelho/DF Sports
A definição dos dois primeiros semifinalistas do Candangão 2018 ocorre nesta quarta-feira (21/3). Com a vantagem de jogar por empates, devido à melhor campanha na primeira fase, Brasiliense e Gama serão os anfitriões das partidas decisivas das quartas de final do torneio local. Em condição ainda mais favorável, já que venceu o duelo de ida por 2 x 0, o Jacaré recebe o Paracatu, às 15h30, no estádio Abadião. Já o alviverde jogará contra o Luziânia, às 20h, no estádio Bezerrão, para definir o segundo classificado do dia. Na primeira partida, os dois times empataram em 1 x 1.

Para não correr riscos diante da própria torcida, o volante Robston aponta os caminhos que o Gama precisa seguir para garantir a vaga. Para ele, o time não pode se esconder atrás do regulamento. “Nessa fase estão as oito melhores equipes e todas têm condição de se classificar. É sempre bom ter vantagem, mas se entrarmos em campo com esse pensamento, podemos ser surpreendidos pelo time do Luziânia”, observou. Segundo o jogador, o apoio da torcida alviverde também será fundamental. “Dentro de casa, diante do nosso torcedor exigente, temos que repetir o que fizemos na maioria dos jogos: nos impor e buscar o gol a todo momento”, definiu o atleta.

O técnico Ricardo Antônio também elogiou a força do adversário da noite de hoje. “Sabemos do poderio do Luziânia e a forma que eles gostam de jogar. Dentro das avaliações, vamos buscar reparar nossos erros para buscar esse resultado de grande importância”, afirmou. Com passagem vitoriosa pelo time goiano — foi bicampeão candango em 2014 e 2016 —, o treinador gamense considera especial o duelo contra o ex-clube em um jogo decisivo, mas ressaltou estar feliz no alviverde. “Hoje estou em um dos maiores times do DF e sei da minha responsabilidade em colocar o Gama onde merece”.

Jairo Araújo, técnico do Luziânia, listou os desafios que o time precisará vencer para obter a vaga. Para ele, além dos jogadores qualificados do Gama, a torcida do alviverde será um fator a mais de preocupação. “Vai ser bastante complicado. Nós conhecemos o grande apoio da torcida e vamos enfrentar a segunda melhor equipe da competição na primeira fase. Temos tudo isso contra”, comentou. Porém, o treinador goiano desenhou o caminho que os comandados precisam seguir para conquistar um bom resultado. “O principal é abrir o placar. Buscar a recuperação na casa deles é muito difícil. É um jogo em que precisamos nos concentrar bem para que possamos aproveitar as oportunidades. Eles têm uma equipe rápida e o melhor ataque do campeonato. Mas são 90 minutos para que possamos caprichar e marcar os gols que nos darão a vitória”.

Destaque do Luziânia no primeiro jogo, o meia Gilmar Baiano adotou o mesmo discurso do treinador: destacou o nível do adversário, mas afirmou que os goianos têm condição de sair do Bezerrão com a vaga. “Sabemos do que precisamos e das dificuldades que vamos encontrar. A preparação foi baseada em ajustar alguns pontos em que deixamos a desejar”, comentou. Baiano também afirmou que sair na frente do marcador é primordial para que as chances de classificação cresçam. “É um jogo em que o detalhe decide. Nossa comissão conhece muito bem o adversário. Temos que acreditar naquilo que foi pedido e executar”, finalizou.

Sem artilheiro

Na partida de ida, o Brasiliense tratou de aumentar a vantagem que já tinha para chegar tranquilo para a decisão em casa. Com o resultado do primeiro jogo disputado Minas Gerais, o Paracatu precisa vencer por três gols de diferença para garantir a vaga na próxima fase. Ciente da necessidade de gols do rival, o meia Filipe Cirne espera que os mineiros se lancem ao ataque durante os 90 minutos de partida. O jogador adiantou ainda a estratégia que será adotada pelo Jacaré em busca de confirmar a vaga nas semifinais. “Vamos fazer um jogo inteligente, esperar o Paracatu e jogar com o regulamento na mão. Temos o objetivo bem estabelecido de sermos campeões.”, explicou. “Eles vêm para atacar. Não tem outro jeito, já que precisam dos três gols”, continuou.

 

Segundo Cirne, o time também se apoiará em um aprendizado colhido na fase de mata-mata do Candangão de 2017 para não correr o risco de ficar sem a vaga na próxima fase. “No ano passado, nós ganhamos o primeiro jogo contra o Real e no segundo eles tiraram a vantagem. Nos classificamos, mas ficamos com essa lição. Respeitamos o Paracatu e não tem motivo para entrar em campo de salto alto”, frisou. Autor de um dos gols no primeiro duelo, o meia ressaltou que a vaga ainda não está assegurada, mas afirmou ter preferência de adversário para uma possível semifinal de Candangão. “Prefiro um clássico contra o Gama. É um jogo que anima a cidade e todo mundo gosta. É a minha preferência. Mas quem vier vai ser um rival difícil”, ressaltou.

 

O volante Alisson Guirra destacou que o time mineiro está bastante confiante de que a vantagem construída pelo Brasiliense no primeiro jogo pode ser revertida. Para ele, o time precisa entrar leve para conseguir buscar o resultado. “O clima entre os jogadores está bom. É um placar difícil, mas não impossível. Temos que entrar soltos, com alegria e ousadia, e tentar fazer as jogadas que com um 0 x 0 a gente não faria”, aconselhou. Confirmando que o time entrará com foco voltado para o ataque, Guirra considerou ainda que o Paracatu precisa abrir o placar no início do jogo para assustar o time adversário. “Treinamos para pressionar o adversário. Temos que estar organizados também. Se sofremos o gol torna praticamente impossível. O Brasiliense vai ficar nervoso se tiver que correr atrás da gente. Precisamos estar equilibrados e buscar o gol a todo momento”, encerrou. 

 

Sobre a ausência de Paulo Renê, artilheiro do time e afastado pela diretoria antes do primeiro jogo por problemas extra-campo, o volante disse que a postura do jogador modificou totalmente após o bom desempenho no início do Candangão e que, para o grupo, a decisão da diretoria foi a melhor. 

“O Renê faria falta se ele estivesse com a cabeça que estava no início da competição. Depois dos oito gols e que falaram que ele era o artilheiro do ano, ele mudou. Tanto que ficou quatro jogos sem marcar. Foram vários problemas com os demais companheiros. Depois de tudo o que aconteceu, ficou difícil. Não sentiremos falta desse Paulo. O grupo vale mais que um jogador”, desabafou.
 
*Estagiário sob supervisão 

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