O último gol de Jobson havia sido em 15 de março de 2015, na vitória do Botafogo sobre o Resende, por 3 x 0. O jogo foi há tanto tempo que nem o próprio camisa 7 lembrava. "Foi contra quem? Fluminense? Tigres? Não lembro direito, para te falar a verdade, mas eu já estou melhor que aquele rapaz do Flamengo, o Marlos Moreno, né?", responde em tom de brincadeira. O colombiano do rubro-negro não balança as redes desde junho de 2016, quando anotou na derrota de sua seleção para a Costa Rica, na Copa América Centenário.
Jobson não negou que sentiu o nervosismo na hora de voltar a marcar. "No início eu perdi uma chance clara, o gol estava pequeno para mim. Mas agora estou feliz demais, já que voltei a me sentir um jogador profissional", analisa o centroavante, que precisou de apenas duas partidas para fazer gol com a camisa do Capital.
Com o truinfo na manhã deste sábado (8/9), no Bezerrão, o time azul está classificado para a semifinal da Série B do Candangão. A comemoração do gol de Jobson foi tradicional: fazendo o famoso gesto conhecido nos gramados brasileiros, em um movimento que os jogadores "afastam a má fase". Victor Leandro, de 8 anos, filho do atleta, foi uma das testemunhas do reencontro do pai com as redes.
Feliz com os gols na goleada do Capital, Jobson não deixou de agradecer a um dos grandes responsáveis pelo retorno ao futebol. "Tenho que lembrar do Arthur, preparador físico do Brasiliense, que treinou comigo em dois períodos quando cheguei aqui acima do peso", cita. O camisa 7 está emprestado pelo Jacaré até o fim da temporada. No ano que vem, ele veste a camisa amarela no Candangão, Copa Verde, Copa do Brasil e Brasileirão da Série D. "Vou dar a volta por cima. Chega de levar porrada", comenta o capitão do Corujão do Guará.