Futebol Internacional

COPA DO MUNDO

Irã vence e se torna a 3ª seleção classificada para a Copa de 2018

Seleção persa se une a Brasil e Rússia no torneio do ano que vem

postado em 12/06/2017 15:35 / atualizado em 12/06/2017 15:40

MOHD RASFAN/AFP

O Irã é o terceiro time classificado para a Copa do Mundo de 2018. O resultado veio nesta segunda-feira (12/6), após a vitória por 2 x 0 sobre o Uzbequistão, pela oitava rodada do Grupo A das eliminatórias asiáticas. Com a vaga garantida, a equipe persa se une a Brasil e Rússia, país-sede. Restam 29 vagas.

O primeiro gol foi marcado pelo atacante Sardar Azmoun, do Rostov (Rússia), uma das maiores promessas do país, que recentemente recebeu proposta do Liverpool. Aos 23 minutos do primeiro tempo, ele foi lançado nas costas da zaga uzbeque e mandou a bola entre as pernas do goleiro Aleksandr Lobanov. Na etapa final, Masoud Shojaei errou um pênalti. Aos 43 do segundo tempo, Mehdi Taremi completou o placar.

A maior força da seleção iraniana está na defesa: em oito partidas na fase final das eliminatórias, o time não levou gols em nenhuma. Nos oito jogos do grupo anterior, havia sido vazado apenas três vezes.


Politicamente, a classificação do Irã é uma boa notícia para a organização do Mundial da Rússia, pois os países mantêm relações cordiais e são aliados militares. Pesquisa da BBC, em 2013, mostrou que 86% dos russos têm uma visão positiva dos iranianos.

O time atual

A maioria dos jogadores da seleção iraniana é desconhecida do grande público. Na convocação atual, 12 dos 23 chamados atuam no futebol local. Desde 2011, o técnico da equipe é o português Carlos Queiroz, ex-comandante do Real Madrid e das seleções de Portugal e África Sul, além de assistente de Alex Ferguson no Manchester United.

MOHD RASFAN/AFP
Os atletas com carreira mais consolidada no exterior são os meias Ashkan Dejagah (30 anos) e Masoud Shojaei (33). O primeiro chegou a jogar nas categorias de base da Alemanha e disputou mais de 150 partidas da Bundesliga com as camisas do Hertha Berlim e do Wolsfburg. Shojaei, que hoje defende o Panionios, da Grécia, jogou cinco temporadas no Osasuna, da Espanha.

O artilheiro do time é Reza Ghoochannejhad (29), atacante que mora na Holanda desde os 4 anos. Ele fez gols decisivos na Copa da Ásia de 2015 e nas eliminatórias do Mundial da Rússia. Nesta temporada, terminou como vice-artilheiro do Campeonato Holandês, com 20 gols em 35 partidas.

Na história das Copas

Esta será a quinta participação do Irã na Copa do Mundo. A seleção, tricampeã asiática, é uma das grandes forças do continente, mas sofre para conseguir resultados no Mundial: a equipe nunca passou da fase de grupos. São 12 jogos, com uma vitória, três empates e oito derrotas.

A grande glória do Irã em Copas veio em França-1998, com a vitória por 2 x 1 sobre os Estados Unidos, graças aos gols de Hamid Estili e Mehdi Mahdavikia. Os persas, porém, ficaram atrás de Alemanha e Iugoslávia no Grupo F e não se classificaram.

O Irã e o Brasil

JUAN MABROMATA/AFP
No Mundial do Brasil, em 2014, o Irã ficou na lanterna do Grupo F, com apenas um ponto. O time empatou sem gols com a Nigéria, em Curitiba, num dos piores jogos da competição; levou 1 x 0 da Argentina, em Belo Horizonte, segurando o placar em branco até os 46 minutos do segundo tempo; e perdeu de 3 x 1 para a já eliminada Bósnia, em Salvador.

Em 2018, na Copa da Rússia, o Irã será um dos possíveis adversários do Brasil. Os times só se enfrentaram uma vez na história, num amistoso em outubro de 2010. A Seleção ganhou de 3 x 0, com gols de Daniel Alves, Alexandre Pato e Nilmar.

As próximas seleções

As eliminatórias asiáticas estão na terceira fase. São dois grupos com cinco times; os dois primeiros garantem vaga, os terceiros colocados se enfrentam por uma última vaga.

No Grupo A, a disputa segue entre Coreia do Sul (13 pontos), Uzbequistão (12), Síria (8) e China (5). No Grupo B, estão vivos Japão (16), Arábia Saudita (16), Austrália (16) e Emirados Árabes Unidos (9).

O próximo time a confirmar a vaga na Copa de 2018 deve ser o México, que abriu oito pontos de vantagem a quatro rodadas do fim das eliminatórias das Américas do Norte e Central. Na América do Sul, sete seleções ainda têm chances.

Na Europa, as situações mais confortáveis são as de Alemanha, Polônia e Bélgica. A disputa na África começou recentemente. Na Oceania, a vaga ficará entre Nova Zelândia, Taiti, Ilhas Salomão e Papua Nova Guiné.