
Nas Copas mais recentes, há inúmeros registros de jogadores que entraram para a história com seus episódios de superação. O inglês Bobby Charlton, sobrevivente de um acidente aéreo, tornou-se um dos melhores do Mundial de 1966, disputado em casa. O italiano Paolo Rossi, livre de uma suspensão de dois anos nas vésperas de 1982, tornou-se campeão, artilheiro, melhor da competição e algoz da Seleção de Telê Santana. Sem contar o brasileiro Ronaldo, que provou ser Fenômeno ao decidir a Copa de 2002 mesmo depois de desacreditado por torcidas e médicos.
Assim como há um cenário recheado de elementos motivacionais, também há dois brasileiros nos quais Jesus não deveria se inspirar. Em 1986, Zico foi convocado apesar de estar machucado. O Galinho participou de forma opaca de três jogos, sempre entrando no fim do segundo tempo, e perdeu um pênalti nas quartas de final, contra a França. Em 1990, foi a vez de Romário ir para o sacrifício, mas Sebastião Lazaroni escalou o Baixinho apenas em uma partida. Ele assistiu do banco à derrota para a Argentina, nas oitavas de final, no jogo consagrado pela “água batizada” dada por Galíndez a Branco.
Neuer também corre perigo
O risco de perder a Copa do Mundo costuma assombrar os jogadores nos meses mais próximos do torneio. Para Manuel Neuer, capitão da seleção alemã e do Bayern de Munique, porém, o receio não é de hoje. Desde março, o campeão mundial em 2014 tenta se recuperar de uma fratura no dedo do pé esquerdo. O goleiro tentou voltar aos gramados duas vezes, uma em abril e outra em setembro, mas as dores não permitiram que ele continuasse a treinar e jogar. Neuer está longe dos gramados desde 16 de setembro e ainda não tem data para voltar a atuar.